sábado, 21 de maio de 2011

"O mundo é cheio de problemas pequenos"

Pelo inferno que têm sido chegar até aqui.
Pelo tormento de uma vida "meio" vivida.
Pela maldita (bendita) vida que me aguentou até aqui!
Hoje eu não vou falar de coisas tristes, nem pedir perdão pelos erros malucos e ousados que cometi. Hoje eu não vou pedir abrigo, apoio, consolo, o escambal. Hoje eu só vou chorar com emoção, pelo sol à nascer amanhã.
Nesta vida já havia aquele que por meio de uma promessa me fez ficar aqui, já havia aquele que me ensinou o que é importante, e já havia também uma obrigação - minha, para com ele.
Agora, há também (em vida- inevitável e intensamente vivida, por sinal) um ser capaz de me fazer olhar fundo dentro de mim e me encontrar na mais profunda escuridão. À ele eu dedico só mais um dos meus textos, apenas as minhas palavras simples, e toda a minha admiração.
- Boa noite, e o bom dia que eu não vou lhe dizer pela manhã quando acordares. Bom dia de luz, bom dia de sol (ainda que com chuva) e principalmente, um sorriso qualquer, não importa o quão difícil seja a sua batalha, eu só quero saber que você sorriu no fim do dia.
Menos pressa; não se afobe; mais conforto; mais consolo e mais coragem.
"Luta e serás livre na vida."
Ah! Já me disseram que a vida valia à pena, e eu, por falta de opção, acreditei.
Hoje, você me fez ver o que eu acreditava sem saber: A vida vale à pena. Vale por tudo o que eu acredito, por cada livro que eu ainda vou ler, ou cada lágrima que eu possa derrubar. Enquanto meus pés sustentarem o peso do corpo e pisarem o chão da minha terra, eu vou estar aqui, por mim, por tudo, e por você também.

Boa noite, caro amigo...

Tim!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Uma ilusão atrevida"


Agora de manhã, em meio à minha ressaca de loucuras e a minha dor de cabeça tocava essa música "Verdade chinesa" no som do carro. Eu não queria prestar atenção em nada, só dormir e não acordar, por que será que eu sempre acho que vou me controlar e acordo arrependida?
Eu queria um vinho, neste frio, ia me esquentar os ânimos e me abrir um sorriso, mas no fim das contas eu é que estava certa de ficar longe de tudo o que me tire a lucidez. Ainda tropeço, mas com o tempo aprendo, e eu chego lá!
Mas voltando a falar do que vim falar, é o seguinte: Ilusão atrevida. Isso ficou girando em minha mente junto à dor que eu tinha e me fez pensar em tantas coisas. Eu andava certa do que não queria (nunca estive certa do que queria) e andava tão infeliz que nem notei, como se fosse normal. Espera, normal? Como é que infelicidade pode ser normal? Como é que mediocridade pode ser normal?! MEDÍOCRE! É essa a palavra pra descrever os meus últimos dias. É tudo tão claro e só eu que não vi, como fui perdendo a beleza e o brilho nos olhos. Fiquei feia, verdadeiramente feia, e ainda tão preocupada com o exterior, fiquei magra de não comer, morta por fora, e por dentro ausente, fechada para balanço, e adeus pra sempre. Agora eu quero acertar os meus erros, o passo, o laço, entre mim e tudo à minha volta. Quero os meus amigos de volta, aqueles de sempre, aqueles que não me deixaram por um momento sequer e que não se importaram com a minha feiura e falta de estado de graça.
"Você exala feromônios" Disse uma grande amiga, e ela acertou, bem em cheio. Por que estou tão preocupada em ser admirada, querida, desejada? Por que é tão difícil me aceitar tal como sou? Com as palavras simples que tenho à oferecer. Eu quero mais, quero as mais belas palavras, as difíceis, aquelas que são únicas e insubstituíveis.
Aí vão alguns dos meus segredos, e pouca gente realmente sabe: Não me acho bonita, apenas suportavelmente interessante. Não me acho atraente, mas gosto muito quando alguém me faz sentir assim. Sou mais preocupada com as minhas palavras e fotos que com a minha aparência. Passo o dia todo de pijama, e vou trabalhar feito um mulambo, mas quando a noite cai, me trás algum tipo de inspiração pra algo que adoro, me arrumar. Sou completamente preocupada com o alheio gesto, gosto, rosto, e tudo mais. Gosto de ver as pessoas felizes (mais até que eu) mas às vezes peco na intimidade, e jogo meus anseios e angustias em cima de quem está mais perto.
Não sou o que pareço ser (nem de longe), algumas pessoas me acham super segura, super soberba, super vagabunda (ou vulgar), super errada, super problemática, super resolvida, super inteligente ou super esquisita. Tudo super porque acho que nessa vida acabei chamando mais atenção de gente hipócrita do que gostaria, e essas pessoas adoram julgar e rotular. Eu não me encaixo em rótulos ou estereótipos. Na verdade tem gente que jura de pés juntos que me conhece, e que eu sou a criatura mais doida que habita esta terra! E sabe de uma coisa? Eles é que estão certos! Mas a minha loucura é perdoável (ao menos pra mim) Enfim... Voltando a falar do que vim falar. (Não paro de me perder)
Essa música me fez pensar naqueles dias em que eu sentava na mesa simples da casa da vovó, e ela me falava com tanto carinho das coisas da vida, é como ter alguém que te diga "Senta, se acomoda, à vontade, tá em casa, toma um copo, dá um tempo que a tristeza vai passar. Deixa, prá amanhã tem muito tempo..."
Bem, era um alívio e a vida era tão mais fácil, de repente ficou difícil, e tem gente que quer crescer, eu só queria meu quintal de volta.
Hoje eu não vou sair, não vou beber não vou "exalar" os tais feromônios, e vou continuar sentada na frente deste computador até a hora que alguma força sobrenatural me tire daqui. Hoje eu não quero que ninguém me veja, não quero ter que fingir que sou bonita, não quero maquiagem, cabelo, perfume, aparatos e afins.
Se você estiver ai perdido, procurando uma conversa, um consolo, uma companhia "à distância" eu estou por aqui, pronta pra fazer um assunto render horas a fio! Vamos lá, meu nome é Corah - Catarina, maluca, retardada, triste e com frio. Vamos ser amigos?   



segunda-feira, 9 de maio de 2011

Frustrada


Minha frustração é tanta que não sei ainda por que alguém lê o que escrevo, na verdade acho que eu não leria, se fosse outra pessoa, leio apenas para ser conivente (não sei) SOLIDÁRIA (isso sim!) para comigo mesma.
Eu tinha tanta certeza do que queria, tanta convicção de quem queria ser e aonde deveria chegar, e agora o meu mapa e caminho simplesmente desapareceram.
Pra começar o amor: Ah, o amor! Que coisa mais linda (E é!) mas como machuca. Eu sei quem amo, sei a quem amar, sei por que amar, e sei todo um jeito correto de amar. Porém, o que esperar de mim mesma? "Enfiando os pés pelo coração" - como diria Artur da Távola - Fazendo sempre tudo como se quisesse afastar o que definitivamente já consegui com tanto esforço.
Depois do amor vem a profissão, a tão sonhada profissão: Mas "pombas", que profissão?! Eu mal consigo terminar o que começo a fazer, incluindo a escola. Como é que eu posso garantir que ao fazer o que sonho também só por isso eu farei até o fim? Será que é essa a vida que eu sonhei mesmo?! A brincadeira ficou séria demais, a falta de compromisso ficou extensa e extrema demais.
Agora falemos da família: Que família? Eu definitivamente não a escolhi! Não preciso de qualquer tipo de choro (ou vela) para dizer que fui pouco amada por quem eu mais gostava, ou então amada da maneira errada.
Bem, os amigos: Eu definitivamente os escolhi! E a grande maioria da maneira mais equivocada possível. De repente eu, que ao menos uma coisa tinha para me orgulhar - os grandes amigos que fiz - estava prestes a cair num abismo. É, grandes amigos, até a página três, mas já não existo para julgar ninguém, também não sei se fui a grande amiga que eles esperavam que eu fosse.
Em suma, eu não sei como fazer qualquer coisa de bom pra mim mesma, não é estranho? A gente passa a vida buscando felicidade e de repente no pior texto que eu podia imaginar eu estou falando de como eu mesma faço tudo para ser infeliz.
Caros leitores, se é que ainda existem, peço-lhes as mais sinceras desculpas, por que eu sempre dei o melhor de mim nos textos aqui, e hoje, apenas hoje, me dei o direito de chorar e não aprender, chorar e não escrever algo melhor. Perdoem...