sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Uma ilusão atrevida"


Agora de manhã, em meio à minha ressaca de loucuras e a minha dor de cabeça tocava essa música "Verdade chinesa" no som do carro. Eu não queria prestar atenção em nada, só dormir e não acordar, por que será que eu sempre acho que vou me controlar e acordo arrependida?
Eu queria um vinho, neste frio, ia me esquentar os ânimos e me abrir um sorriso, mas no fim das contas eu é que estava certa de ficar longe de tudo o que me tire a lucidez. Ainda tropeço, mas com o tempo aprendo, e eu chego lá!
Mas voltando a falar do que vim falar, é o seguinte: Ilusão atrevida. Isso ficou girando em minha mente junto à dor que eu tinha e me fez pensar em tantas coisas. Eu andava certa do que não queria (nunca estive certa do que queria) e andava tão infeliz que nem notei, como se fosse normal. Espera, normal? Como é que infelicidade pode ser normal? Como é que mediocridade pode ser normal?! MEDÍOCRE! É essa a palavra pra descrever os meus últimos dias. É tudo tão claro e só eu que não vi, como fui perdendo a beleza e o brilho nos olhos. Fiquei feia, verdadeiramente feia, e ainda tão preocupada com o exterior, fiquei magra de não comer, morta por fora, e por dentro ausente, fechada para balanço, e adeus pra sempre. Agora eu quero acertar os meus erros, o passo, o laço, entre mim e tudo à minha volta. Quero os meus amigos de volta, aqueles de sempre, aqueles que não me deixaram por um momento sequer e que não se importaram com a minha feiura e falta de estado de graça.
"Você exala feromônios" Disse uma grande amiga, e ela acertou, bem em cheio. Por que estou tão preocupada em ser admirada, querida, desejada? Por que é tão difícil me aceitar tal como sou? Com as palavras simples que tenho à oferecer. Eu quero mais, quero as mais belas palavras, as difíceis, aquelas que são únicas e insubstituíveis.
Aí vão alguns dos meus segredos, e pouca gente realmente sabe: Não me acho bonita, apenas suportavelmente interessante. Não me acho atraente, mas gosto muito quando alguém me faz sentir assim. Sou mais preocupada com as minhas palavras e fotos que com a minha aparência. Passo o dia todo de pijama, e vou trabalhar feito um mulambo, mas quando a noite cai, me trás algum tipo de inspiração pra algo que adoro, me arrumar. Sou completamente preocupada com o alheio gesto, gosto, rosto, e tudo mais. Gosto de ver as pessoas felizes (mais até que eu) mas às vezes peco na intimidade, e jogo meus anseios e angustias em cima de quem está mais perto.
Não sou o que pareço ser (nem de longe), algumas pessoas me acham super segura, super soberba, super vagabunda (ou vulgar), super errada, super problemática, super resolvida, super inteligente ou super esquisita. Tudo super porque acho que nessa vida acabei chamando mais atenção de gente hipócrita do que gostaria, e essas pessoas adoram julgar e rotular. Eu não me encaixo em rótulos ou estereótipos. Na verdade tem gente que jura de pés juntos que me conhece, e que eu sou a criatura mais doida que habita esta terra! E sabe de uma coisa? Eles é que estão certos! Mas a minha loucura é perdoável (ao menos pra mim) Enfim... Voltando a falar do que vim falar. (Não paro de me perder)
Essa música me fez pensar naqueles dias em que eu sentava na mesa simples da casa da vovó, e ela me falava com tanto carinho das coisas da vida, é como ter alguém que te diga "Senta, se acomoda, à vontade, tá em casa, toma um copo, dá um tempo que a tristeza vai passar. Deixa, prá amanhã tem muito tempo..."
Bem, era um alívio e a vida era tão mais fácil, de repente ficou difícil, e tem gente que quer crescer, eu só queria meu quintal de volta.
Hoje eu não vou sair, não vou beber não vou "exalar" os tais feromônios, e vou continuar sentada na frente deste computador até a hora que alguma força sobrenatural me tire daqui. Hoje eu não quero que ninguém me veja, não quero ter que fingir que sou bonita, não quero maquiagem, cabelo, perfume, aparatos e afins.
Se você estiver ai perdido, procurando uma conversa, um consolo, uma companhia "à distância" eu estou por aqui, pronta pra fazer um assunto render horas a fio! Vamos lá, meu nome é Corah - Catarina, maluca, retardada, triste e com frio. Vamos ser amigos?   



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