quinta-feira, 30 de junho de 2011
Inalcançável...
"Sólo fue un error, un tremendo error
Dime por favor que aún existe amor
Pelearé por ti, pagaré todo tu dolor"
Suponho ter perdido a conta dos textos frágeis que escrevi... Frágeis para não dizer fracos, porque toda essa suposta coragem que me toma em rompantes é apenas uma tola tentativa de mostrar à alguém que eu sei seguir em frente. Adivinha?! Não, não sei.
De repente aí está o meu coração, cheio de feridas fundas que me dão medo só de olhar, aí está a minha única certeza arrancada e partindo desde a noite que passou. Arrancada sim, sob protesto e muito relutar de minha parte.
Eis que num instante aquela noite tenebrosa foi passando, passando... Eu não acordei. Pelo que me lembre tem dois dias que eu não acordo, afinal, como pode-se acordar sem ver a luz do dia? Permaneço em sono profundo, pois no meu sonho somos nós, como naquela vez em que deitados ele me disse, cheio de medos "eu amo você". A frase ecoou nos meus ouvidos por tanto tempo, e mesmo depois de ter sido repetida um milhão de vezes, é desta vez que me lembro mais.
Terei de me furtar a explicar o turbilhão que se formou em nossas vidas, é um dia difícil e eu sei que será só mais um, o que não sei é como foi que tudo aconteceu, ou em que momento o perdi, não sei mais pedir perdão ou voltar atrás porque desta vez, ainda que tenha dito com toda sinceridade do meu coração, ele não acreditou. É um direito de cada um, e eu sei que o meu amor é ainda muito cheio de defeitos. Talvez eu não seja a pessoa sensata e equilibrada de que ele tanto precisa, mas olha que tenho dado boas provas à mim mesma de que posso ter algo de tranquilo, e me basta.
Eu já havia dito que a vida é um imenso tormento sem o amor, mas depois de tanto viver e soltá-lo de meus braços, ainda hoje amando mais que minha própria existência eu digo, com toda convicção: A vida é um eterno tormento sem o seu amor.
Aí me lembro de tantas canções que poderia cantar para amansar o seu amor, e me falha a voz.
Me lembro das frases mais belas que talvez - doce ilusão- tocassem seu coração lá no fundo, mas não tem nada que mude os meus erros, e eu entro em transe cada vez que tento explicar a mim mesma o motivo de cada um deles. Encontrei, porém uma música simples, alegre, latina, e não era o que eu queria pois já havia me servido de trilha sonora numa época bem menos complicada que agora, foi apenas o que consegui...
Então, meu amor, "Eu fui um erro, um grande erro, e me diga por favor que ainda existe amor. Eu lutarei por você e vou pagar por toda a sua dor".
Eu quis acreditar, mais uma vez que ir embora era mais fácil, e não fui.
Quer saber? Podem falar, e falam. Do quanto é burra qualquer mulher que tenha o que tive, e não saiba preservar. Eu não escuto mais, porque acreditem, escutar machuca e eu já não tenho cabeça nem para levantar da cama... Não importa, daqui, de pé, no chão, onde for, é do meu amor que alguém vai lembrar, numa fotografia, num texto, meu texto ou de uma pessoa melhor do que eu, numa simples tarde que cai com a certeza de que ainda tem alguma coisa para acontecer, porque os erros estão aí, hoje, amanhã, depois e vão estar todos os dias, a grande questão é que um amor só pode ser definido pelo que de real ou imaginário acontece ali, dentro do espaço que pode ser só de dois seres, e a minha certeza, a que me mantém viva é de que fiz feliz, muito feliz, e ainda sou capaz de fazer à uma unica pessoa. E aviso aos navegantes, que essa história de que um ser é capaz de fazer outro feliz sem ama-lo é pura balela. Nesse meio tempo eu não fiz ninguém feliz, nem a mim, e não quero fazer, não vou fazer, pois há apenas um amor importante e que me interessa, até o momento eu não desisti de vivê-lo, ainda que tenha me forçado, por tantas vezes acreditar no contrário.
... É que uma noite dessas, não tão distante, eu ria totalmente entorpecida de amor e dizia "vamos fazer amor num gato felpudo quentinho de sol", e pode parecer ridículo, mas aposto que é uma grande frase de amor, que facilmente seria lida por Artur da Távola, minha grande inspiração romântica.
Vamos lá, lembre-se de saber voltar atrás, só a gente sabe quando a história termina, e amor nenhum tem que terminar assim.
Por fé, e por um restinho de esperança apaixonada. Afinal, eu parei de achar que é coisa de Artur falar do amor como coisa inalcançável, desculpe, mas eu também estou precisando falar!
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