sexta-feira, 29 de julho de 2011

Novos dias.



Renasceu um dia bonito ao meu redor. Um dia cálido, com o céu cheio de azul...
Hoje tudo tem mais cor, tudo é tão perfeito, tudo gira em torno de alguma palavra de amor. 
Nada que pesa, nada que oprime, nada vai tirar o sorriso do meu rosto, nada. As unhas coloridas, as roupas tão leves, os cílios que se ofuscam pelo brilho dos meus olhos. Todas as coisas mudam, o mundo muda, a roda gira, e tudo o que foi bom volta, como que por encanto.
Hoje eu só quero sorrir, perdoar, mostrar que ainda existe quem seja capaz da esperança nesse mundo, ainda que uma esperança fugidia. Hoje eu só quero me fazer feliz...
Por quantos pecados já me castiguei perdi a conta. De quantos olhares eu fugi, também já nem sei.
Tudo o que eu quero acreditar é que a minha alegria é capaz de transformar os corações assim como transformou o meu. Que tudo há de se ajeitar sem que se precise correr tanto.
Sem pressa, sem tanto medo, há tanto tempo e tanta vida aí em frente.
Eu descobri três coisas importantes sobre mim nesse mês que passou:
1- Eu gosto muito mais de brigadeiro do que pensei!
2- Eu quero escrever pro resto da vida, que ainda que ninguém leia é o que me faz mais feliz.
3- Existe uma pessoa nesse mundo que é pra mim, e não importa, a vida muda mesmo, a gente muda, o que não mudou nesse tempo é o amor que sentimos.

O Gênio que me descobre todos os dias, e que diz se apaixonar por mim mais uma vez a cada texto novo, é a prova de que existem pessoas verdadeiramente boas e capazes de seguir em frente. 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Honesto, é ser honesto consigo.



Eu passei por tantos labirintos antes de me encontrar, passei tanto tempo esperando pelo momento a vir, e de repente o que eu sou não basta. Não basta para que gostem de mim, para que a minha cinta-liga ou minhas roupas não incomodem ninguém, para que deixem de me olhar como qualquer coisa descontrolada, perdida... Não basta para que me olhem verdadeiramente nos olhos e queiram me conhecer, saber o que eu tenho ou não a oferecer.
Você simplesmente espera que te achem interessante pelo caráter e pela bondade que sabe que tem, que leiam o que você escreve e que te ouçam cantar Chico Buarque depois de umas doses e umas risadas a mais. Para você isso tudo é tão normal, que nas suas lágrimas ao pôr do sol na Avenida Paulista, e nos seus pensamentos mais fundos não encontra razão para que sua verdade e simples existência sejam tão ofensivas para alguns.
É tão bonito quando, mesmo sem tempo algum, de repente você tem um amigo de infância, que te ouve e ri das tuas bobagens pequenas, num passeio sem excessos, ou uma noite qualquer por aí, jogados pela Consolação, ou qualquer outro lugar. No meu mundo, tão cedo todos são cheios de sorrisos e abraços que te libertam e não oprimem que às vezes eu me esqueço das diferenças.
Existem tantas portas fechadas, e apenas um caminho, que no final das contas sempre é ser o que é. Sem rodeios, sem mais máscaras, sem disfarces, sem medo de se mostrar, de que adianta gostarem da tua mentira? É por isso que mais uma vez essa imagem de segurança e indiferença me cansou. Eu não sou bonita vinte e quatro horas por dia, como eu gosto tanto que pensem. Não sou interessante ou sensual, e eu trocaria todas as noites intermináveis e divertidas cheias de liberdade em garrafas e cigarros por uma só vez poder ouvir meu grande amor dizer qualquer palavra, cantar qualquer estrofe de qualquer canção que fosse, olhando para mim.
Meus olhos mudam de cor assim como eu me transformo dependendo do dia e do sol. Todas as coisas vão se transformando, e me disseram que quando uma luz se acende todo mundo percebe. Eu posso ser mil, e não existe outra igual - Como já dizia meu grande amor.
Minhas mãos são as mesmas mas eu mudo de esmalte quase todos os dias, apenas para me encher de cor.
O meu rosto ainda é o mesmo, ainda que eu mude a cor do blush, da sombra, ou até o formato da sobrancelha.
Eu posso ser diferente, e não muda o fato de que quase sempre, em quase todo lugar vai ter alguém a quem a minha simples presença vai ferir. O que mata é que não haja bem uma maneira de mudar isso. Não há bem uma maneira de fazer sempre tudo certo, e quem é que diz o que é certo mesmo?

domingo, 10 de julho de 2011

Paz no Mundo de vocês.



"De perto toda coisa linda mostra algum defeito, e eu me sinto igual."


Num mundo onde tantas pedras lhe atiram, onde tantas facas lhe apontam, e com tanta violência reagem à sua simples existência, você não pode errar. Então não erre.
Que direito você tem de escolher a estrada errada? De dizer a coisa errada? De errar com a vida de alguém, se o erro constante com a sua própria vida já te torna menor?
Que direito se tem, no mundo em que se vive, de proferir qualquer frase fora do tom?
A grande questão, que descobri sem muito esforço, é que a culpa não redime ninguém! Nada muda porque você se castiga noite e dia, ou porque lhe castigam também. Nada muda se não mudar por dentro, e isso ninguém é capaz de controlar.
Nesses dias que se foram, e com eles tanta dor também, a lição mais valiosa que ficou foi de que não se pode julgar o que acontece dentro dos outros, não se pode pedir que voltem atrás ou peçam perdão, no fundo, cada um sempre sabe de si, e nós, nunca saberemos de ninguém.
E se hoje, ao invés de pedras e armadilhas eu estendesse a mão a quem precisa mais que eu? E se eu pedisse perdão pelo que fiz, mas também por tudo que não fiz?

Finalmente, eu não sou feliz nem triste... Mas estou em paz, e é também o que desejo ao mundo de hoje. Até mesmo você, que não imagina, e que por ventura há de pensar que lhe quero mal, o que na verdade, não passa de uma ideia... que não existe.



quarta-feira, 6 de julho de 2011

"Tu prefieres luz, yo que caiga el sol."



"Ela encontrava um quadro que não tinha muita solução
Se achava velha, muito nova, gorda ou muito feia
Sempre inadequada pra situação"


Apresento-lhes uma pessoa! 
Ser humano; carne; pele; coração. Corpo- alma- pecado- perdão?
Apresento mulher; menina. Grande-pequena-extrema-intensa... Defeitos variados!
Uma Corah- Coração aos pedaços-Cacos. 
E todos os dias ela se pergunta o que tem a oferecer. 
Existe um coração que suporte o seu amor?
O seu próprio, suportará?
Eis que chega um dia, na vida de cada um- Na sua, caro leitor, este dia chegará também- O dia em que a pergunta vaga nos pensamentos e ecoa aos ouvidos: Quem sou eu? - Quem é que está refletida no espelho?
[...]
Para tantas perguntas silêncio perpétuo.
E vejo por aí tantos corações, tantos esperando uma resposta sequer, tantos destroçados-partidos, perdidos. Tantos para os quais meu coração serviria.
Pois eis que digo, corações, não chorem por aí, que o meu amor é grande e é pena não poder dividir.
E ainda sabendo que conselho bom não se dá, eu digo, por experiência-demência: Não há que esperar o coração puro por nada. Não há de ficar só, a beira da estrada, quando ali em frente existe caminho. O tempo passa e sem razão afasta a gente, e é tarde. 
A frase mais triste que existe, apresento: "É tarde demais."
Meu coração descobriu no medo um refugio traiçoeiro: Se sentiu seguro, inteiro, e de repente... Era tarde demais. Mais sábio que antes hoje corre, e sabe que existe um sol, ainda que não possa vê-lo. 
Correis, coração partido, que para todo amor bonito, distância nenhuma existe.
[...]


Apresento-lhes Corah, de Gênio, de amor sem fim, de presenças muito mais que de ausências, como diria Grande Artur da Távola- meu mestre. 
Apresento-lhes ser pensante; errante; perdido-achado. 
Apresento-lhes o que sou eu:
Um coração quebrado, capaz de olhar para trás, de correr por seu amor, mesmo depois de tanto errar. Capaz ainda de amar fundo, fiel e verdadeiramente.


E amanhã é outro dia... Saravá!

domingo, 3 de julho de 2011

O que não me mata...

Você vive repetindo pra si mesmo "Sou forte", tenta se convencer disso, noite e dia. Faz mandinga, promessa, pedido, enche o pobre do santo, tudo isso pra não ter que desistir. Quando a força lhe falta, pensa que tem alguém ou alguma coisa capaz de ser forte por você.
É bom acreditar na vida não é mesmo? É bom ter uma esperança qualquer no fim do túnel, por mais amarga que seja a caminhada, é natural da gente não querer ver o fim.
Estou com uma raiva enorme me tomando, e não quero me acalmar, nem sujar de coisa ruim qualquer texto que me fizesse um pouco feliz. Este sentimento de impotência ainda vai me dar forças.
Então, sem mais lamentar, sem mais textos, até que eu possa oferecer algo de útil de se ler. Sem medo de levantar e passar por cima de qualquer obstáculo que tente me parar. Vai doer muito mais no mundo que em mim, nada mais vai me ferir.
Então eu vou esperar, que alguma hora eu vou levantar desta cama, e vai ser sozinha, como sempre foi, como é preciso. Sem "forcinha", sem ajuda, sem mãos que puxam pro abismo, aí eu vou poder olhar pra trás, ver o rastro de destruição que ficou, e me orgulhar de que ninguém mais me derruba nesta vida. Agora sou eu quem destrói, cansei de sentar e esperar que alguém faça por mim qualquer coisa.
Estamos sós, somos pequenos, sim. Cada um sabe de si, e cada um segue em frente como pode.

Cansei de ser melhor para os outros, e nunca bastar pra mim. De hoje em diante, eu conto comigo.