A mulher autoanálise, autoajuda, acorrentada aos próprios delírios. Esta sou eu, aqui mais uma vez.
Talento desperdiçado, me perdi na fumaça de meu cigarro, não sei mais escrever sem o meu cigarro. E agora?
Um fio de esperança me toma às vezes e eu chego a crer que de algo vale a minha forma de ver as coisas. "Não machuque. Não condene. Esteja lá porque certamente alguém vai precisar." Hoje não sei se alguém precisa de algo além do salário suado do fim do mês, depois de engolir ser explorado e achar normal porque o mundo é assim, é assim que funciona. Não sei se meus amigos me esqueceram ou se suas vidas os tem engolido de forma tão brutal que meu ócio indevido não me permite enxergar.
Meus dias têm sido de vagarosas tempestades, do começo ao fim de meus objetivos e desejos mais profundos existe uma carga de incompreensão maior e mais pesada que eu, ainda assim prossigo acreditando que sou quem quero ser, num esforço extraordinário de viver neste mundo.
Parece besteira,mas como diabos a bola verdeamarela ficou mais importante que um teto que proteja as pessoas do frio? Os anos que existo não são nada perto das vidas desperdiçadas há séculos por uma humanidade falida e falha, onde as coisas importam mais que as pessoas e a solidão não cabe mais nos livros, existe nas companhias, como uma mostra cruel e dolorosa de onde vamos chegar.
Talvez seja esta a ultima vez que escrevo em desabafo, haja visto o quanto demorei para dar forma às palavras, então, se você quer saber como é ser alguém que não se encaixa em lugar algum, venha me conhecer e eu mostro como é viver carregando o fardo de não existir completamente, porque minha história foi ganhando forma pela falta dela.
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