Nem sei por que vim aqui hoje. Mas vim. Nem sei quantas pessoas lêem ou se importam com isso. Eu não me importo.
Estou triste e este frio que nem é tão frio está tenebroso neste momento. Minha cama está vazia e o meu amor longe, talvez nem tão longe em pensamento, mas longe de modo que não posso alcançá-lo agora e te dar meu abraço.
Eu já nem sei por quantas ruas tive de passar hoje, não sei por quantas ainda vou passar, só sei que em cada uma delas ele me vem. Ele vem dizer que também sente a minha falta desde que o dia amanheceu e ele teve de ir. Enfim, e eu espero até mais tarde, ouvir sua voz, talvez "boa noite", aí vai ficar tudo bem.
Sempre tem um dia seguinte.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Diga-me até onde se chega por egoísmo...
E eu lhe digo até aonde por amizade.
Diga-me meu bem, o que posso fazer por você?
Diga-me se precisa de um ombro, de dois ombros
Se necessário encomendo mais um para lhe dar de alento.
Diga se precisa de um conforto, e eu lhe ofereço meu colo
para que nele teu semblante triste possa adormecer,
para que sonhe e se esqueça, ainda que por um momento
de toda amargura, toda desventura e toda dor desta vida.
Me dê a tua mão que eu lhe mostro um caminho melhor
Siga comigo por onde mel corre feito um rio entre as cidades,
Vamos passar pelos lugares mais belos que a tua mente consiga imaginar.
Imaginaremos um oásis particular que nos permita fuga deste inferno!
Imagine que podemos voltar atrás, uma vez mais, e fazer tudo certo.
Imagine que atravessaria os caminhos mais sujos e tortuosos por mim
E tenha a certeza de que eu iria por ti até onde fosse necessário.
Por um deserto de areia a me queimar eu atravessaria.
Pelas pessoas mais torpes e imorais eu passaria.
E mostraria a toda essa corja que insiste em dizer que estamos errados
que a nossa amizade vale à pena apesar de tudo.
Diga-me agora, meu bem, se realmente vale à pena.
Diga-me até que ponto iríamos por este "amor".
Diga-me então por quantos desertos você atravessaria,
ou quantas pessoas você enfrentaria.
Este agora é muito tarde para mais palavras proferidas em vão.
É tarde para que você me fale de todo o seu amor e mansidão.
É tarde, então, para que nós possamos fazer tudo certo.
É tarde demais pra que me diga o que posso fazer por você.
Diga-me meu bem, o que posso fazer por você?
Diga-me se precisa de um ombro, de dois ombros
Se necessário encomendo mais um para lhe dar de alento.
Diga se precisa de um conforto, e eu lhe ofereço meu colo
para que nele teu semblante triste possa adormecer,
para que sonhe e se esqueça, ainda que por um momento
de toda amargura, toda desventura e toda dor desta vida.
Me dê a tua mão que eu lhe mostro um caminho melhor
Siga comigo por onde mel corre feito um rio entre as cidades,
Vamos passar pelos lugares mais belos que a tua mente consiga imaginar.
Imaginaremos um oásis particular que nos permita fuga deste inferno!
Imagine que podemos voltar atrás, uma vez mais, e fazer tudo certo.
Imagine que atravessaria os caminhos mais sujos e tortuosos por mim
E tenha a certeza de que eu iria por ti até onde fosse necessário.
Por um deserto de areia a me queimar eu atravessaria.
Pelas pessoas mais torpes e imorais eu passaria.
E mostraria a toda essa corja que insiste em dizer que estamos errados
que a nossa amizade vale à pena apesar de tudo.
Diga-me agora, meu bem, se realmente vale à pena.
Diga-me até que ponto iríamos por este "amor".
Diga-me então por quantos desertos você atravessaria,
ou quantas pessoas você enfrentaria.
Este agora é muito tarde para mais palavras proferidas em vão.
É tarde para que você me fale de todo o seu amor e mansidão.
É tarde, então, para que nós possamos fazer tudo certo.
É tarde demais pra que me diga o que posso fazer por você.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Desligue-se um pouco...
Vem sendo o meu lema de uns tempos pra cá.
Eu me desliguei de tudo um pouco, até de mim mesma, eu soltei toda aquela pressão cotidiana e me deixei levar pela loucura descompensada que se tornou minha vida com tanto tempo livre.
Andei por lugares que nunca imaginaria, dentro e fora de mim. Me embriaguei de lucidez durante o dia, mas tive overdoses de felicidade (com vodka) em algumas praças por aí durante a noite escura. A mesma noite que me trouxe grandes (novos) amigos de infância. Durante essas noites acabei percebendo que realmente nem tudo é o que parece ser, por que eu, doce, triste, sozinha, de repente estava lavando a alma com tanta alegria, e nem havia me dado conta.
Eu tenho tentado dizer a mim mesma que tudo isso é real, e que eu não preciso mais ficar trancada num apartamento frio. Eu estou tentando me convencer de que tudo pode dar certo, ainda que poucas vezes na vida. Em meio a toda essa loucura desenfreada eu nem tinha me dado conta de quão bonitos tem sido os meus dias, cheios de sol (ainda que com chuva), cheios de vida e de vontade.
Tudo o que tenho agora são algumas palavras, folhas de papel e tinta. Tenho muitas histórias para contar e uma imaginação que só se compara à minha vontade de escrever. Tenho um amor imensurável e algumas aventuras e desventuras dentro de um labirinto que chamo de coração. Eu tenho aqui comigo também muita magia, muita poesia, muita palavra bonita e carinho para oferecer. Eu tenho aqui comigo uma coisa engraçada, que não se explica e não se descreve, apenas se sente, e se chama felicidade.
Em algum momento existiu sim, aquela velha pobreza de espírito, de carinho, de alento, que de repente desapareceu. Eu tenho vivido então a magia de me sentir completa, de não ser apenas mais uma no mundo.
E por Deus, que permaneça a mim a inspiração para escrever, agora que a tristeza inexiste.
Ao meu amor, grande amor, que me devolveu toda a graça que tem viver.
Aos meus amigos, que não sejam breves.
À minha vida, que agora é inteira felicidade, e não descobre mais tristeza maior. Essa vida vale à pena mais uma vez.
Eu tenho tentado dizer a mim mesma que tudo isso é real, e que eu não preciso mais ficar trancada num apartamento frio. Eu estou tentando me convencer de que tudo pode dar certo, ainda que poucas vezes na vida. Em meio a toda essa loucura desenfreada eu nem tinha me dado conta de quão bonitos tem sido os meus dias, cheios de sol (ainda que com chuva), cheios de vida e de vontade.
Tudo o que tenho agora são algumas palavras, folhas de papel e tinta. Tenho muitas histórias para contar e uma imaginação que só se compara à minha vontade de escrever. Tenho um amor imensurável e algumas aventuras e desventuras dentro de um labirinto que chamo de coração. Eu tenho aqui comigo também muita magia, muita poesia, muita palavra bonita e carinho para oferecer. Eu tenho aqui comigo uma coisa engraçada, que não se explica e não se descreve, apenas se sente, e se chama felicidade.
Em algum momento existiu sim, aquela velha pobreza de espírito, de carinho, de alento, que de repente desapareceu. Eu tenho vivido então a magia de me sentir completa, de não ser apenas mais uma no mundo.
E por Deus, que permaneça a mim a inspiração para escrever, agora que a tristeza inexiste.
Ao meu amor, grande amor, que me devolveu toda a graça que tem viver.
Aos meus amigos, que não sejam breves.
À minha vida, que agora é inteira felicidade, e não descobre mais tristeza maior. Essa vida vale à pena mais uma vez.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Voragem
(Crônica premiada pela Academia Paulista de Letras)
Estava atrasada, naquele dia tudo parecia ir contra mim, quando acordei eram apenas cinco minutos, mas antes mesmo que pusesse os pés para fora, passaram-se vinte deles sem que eu notasse. Na rua, o trânsito infernal típico de uma segunda feira, as pessoas correndo, alheias ao resto do mundo e sem perceber o sol que surgia no horizonte.
O mundo se apressa e se esvai, ritmado pelo bater dos relógios, pela ilusão do infinito tempo e pela insignificância em relação ao imensurável. O tempo permanece indomável, indiferente aos que tentam adequá-lo, ainda assim desperdiçamos o que cada vez menos nos resta, nesta inútil tentativa de conquistá-lo.
As pessoas consomem suas essências ao buscarem compreender que de fato não se pode ver ou dominar o tempo que não se sente passar, e ainda que exista muito a ser feito é a pressa que aproxima o fim.
O sol tornava-se mais cálido enquanto a aurora se instaurava, o cinza das nuvens agora dava lugar a um majestoso azulado. A exacerbada pressa que tomou conta da rua já me fazia questionar se as pessoas realmente não viam porque não queriam, ou se os relógios haviam as feito cegas.
A natureza continuava passando despercebida por entre nós. É simples, e não é preciso entendê-la, no entanto complexa a felicidade com que ela nos presenteia. Temos um céu azul, basta olhar para cima. Temos um sol que reluz com intensidade e em vez de reparar quando ele cintila, só nos damos conta nos dias de absoluto inverno em que ele não mais está.
Por hoje eu desisti do trabalho, sentei-me numa mesa de cafeteria e passei apenas a observar os semblantes a minha volta. Estava eu rodeada pela ânsia alheia. Já podia até imaginar o que estariam pensando de mim: - Vida boa a desta mulher, sentada tranquilamente numa mesa arejada, tomando o seu café, vendo a vida passar.
Para eles, difícil era, imaginar a coragem que é preciso para ignorar os compromissos e estar aqui simplesmente contemplando o existir.
Este é o mausoléu de toda a felicidade, toda esperança e toda vontade. Este é o sepulcro da transcendência humana. Daqui eu ainda posso ver o céu, o único vestígio de vida que há, pois aqui na Terra, tudo o que vejo são escravos de suas próprias criações e de sua época.
Na mesa ao lado, uma mulher aparentemente infeliz, no entanto jovem, bonita e com uma vida inteira pela frente para fazer valer a pena. Lia muito interessada um livro de autoajuda, e eu pensei aqui comigo: - Perdemos tempo comprando esses livros, e ainda assim não aprendemos como acabar com a angústia de se sentir só mais um, a fazer o que todos fazem e sem coragem de largar os compromissos por um dia para ver o sol.
O vespertino alaranjado no céu se tornava evidente, eu já havia passado do décimo café; na avenida em frente, o entupimento dos carros anunciava o horário do “rush” e o som estridente das buzinas me machucava os ouvidos. A mesma pressa, mas desta vez para chegar em casa e encontrar o pouco de alento e paz necessários para enfrentar o dia seguinte.
Levantei-me, paguei a conta e agradeci os serviços do velhinho prestativo que me atendera. Saí sem rumo e com uma vontade imensa de me perder por este labirinto de edifícios mortos, muros de concreto e ruas sem saída.
As pessoas afobadas passavam por mim sem notar-me, tropeçavam umas nas outras e nem olhavam para trás.Querem nos fazer acreditar que somos um só, que temos força, que somos capazes, no entanto, cada vez mais os caminhos se separam, cada um por si, cada um na sua estrada e sem entender que às vezes é preciso saber voltar atrás e questionar os limites e razões que nós mesmos nos impusemos.
Até na longínqua cidade, a luz das estrelas o tempo ignorava, e em seu solo pousava. A branda luz a me iluminar é o que me faz seguir adiante e não temer mais a sombra do amanhã.
Eu queria ver a noite passar e em sua escuridão levar tudo o que resta de frio por aqui, arrancar deste inferno todos os que ainda insistem em permanecer estagnados em sua própria insignificância. Eu quero ver um novo dia raiar e quero ver o mundo amanhecer ao seu lado, com mais força, sem medos, e sim, com toda a coragem que se precisa para que as coisas passem a fazer um sentido verdadeiro em nossas vidas.
- Dedicada a Rafael Ribeiro.
- Dedicada a Rafael Ribeiro.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Copa do mundo
No entanto durante os quatro anos que não tem Copa do Mundo, eu só vejo as pessoas reclamarem do nosso País, de como o Brasil é uma "merda" e como gostariam de morar em qualquer país de primeiro mundo. Aí de repente um simples campeonato de Futebol faz com que todos mudem de idéia, e uma vez a cada quatro anos, todos somos patriotas!
Eu amo o meu país, por que nós temos uma cultura riquíssima, gente que é reconhecida em todos os lugares do mundo, menos aqui. Tantas pessoas que lutaram contra ditadura militar, contra opressão, contra políticos corruptos. Tantas pessoas que fizeram músicas incríveis, que escreveram os mais belos versos já publicados, que são reconhecidos lá fora, e que no entanto se orgulham de seu país.
Gostar de outros lugares não é pecado nenhum! Até mesmo ir morar fora do país não é errado. Errado é reclamar durante quatro anos do seu país, cuspir no prato em que comeu e dizer que isso aqui não passa de um país de terceiro mundo que não vai para frente, se deparar com uma Copa do Mundo e de repente amar a terra, a qual você nem aprendeu o hino, mas disfarça e mexe a boca para não fazer feio quando ele toca.
Aqui nasceu a Bossa Nova, o Tropicalismo, o Samba, o carnaval de rua, antes de não passar de puro exibicionismo dos belos corpos esculturais das brasileiras semi-nuas a sambar na avenida.
É por essas e outras que eu me reservo o direito de não curtir os gols que todos comemoram. É por isso que eu estou aqui escrevendo, ouvindo Chico Buarque e ADORANDO o meu país, sem precisar gritar de euforia por causa de um jogo de futebol.
Eu desejo-lhes uma ótima copa do mundo. Dias em que não tem aula, não tem trabalho, só comemoração, só festa! Salgadinhos, muita cerveja e gritaria. Uma ótima discussão sobre quem joga melhor ou sobre quem é o jogador mais bonito de cada seleção. Apenas por esse período todos vamos nos lembrar que amamos o nosso país, nos vestir de verde e amarelo e sair gritando orgulhosos e em vão o nome do mesmo.
Brasil, com muito orgulho sim! Ganhando ou perdendo a Copa do Mundo.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
terça-feira, 1 de junho de 2010
"Sem o compromisso estreito de falar perfeito, coerente ou não"
Feliz sim, por que temos muito pouco tempo, a vida é muito curta, e a felicidade é tão rara que quando aparece, temos de agarrá-la e segurar bem forte, para que ela demore o máximo possível a passar.
Ando escrevendo. Sim, mas o tempo anda voando. Dizem que o tempo voa quando estamos felizes. Então, eu fiquei "sem tempo" de escrever aqui. Finalmente uma coisa veio à minha cabeça, durante esses dias em que ela tem funcionado a milhão e eu tenho pensado tanto, até mais que agido. Coisa essa, que é motivo suficiente para separar um tempinho e me dedicar ao que eu mais gosto de fazer. Vir aqui, e escrever.
Quando tudo dá certo, parece que minha cabeça não acredita e procura, firmemente, algo de errado para se concentrar e pensar, pensar, e pensar, até eu me dar conta de que é burrice procurar tanto se não existem motivos reais para sofrer. Vai ver que é mesmo o habito.
Tenho tido longas conversas com uma rosa que me foi dada pelo meu amor. Tenho feito rápidas e construtivas faxinas semanais, e para dizer a verdade, eu até que daria uma boa dona de casa! Tenho lido muito, coisas diferentes, bem diferentes eu diria, quando me peguei lendo o livro da Bruna Surfistinha, e achei bem interessante por sinal. Tenho conversado com a minha mãe (embora não sem arranhões) sobre as coisas da vida, e até sobre amor ela vem me falar às vezes.
A minha rotina parece até bem comum, mas a minha cabeça viaja sempre mais longe, e parece impossível que meu pensamento permaneça comigo enquanto o dia passa.
No meio das minhas viagens eu me deparo com as mais diferentes situações, e me pego pensando em coisas tão pequenas que nem mesmo eu ousaria imaginar se não fossem comigo. Vejo os olhares e os marco. Guardo os sorrisos, e me deixo ferir por cada semblante triste por que passo. Gosto quando o sol bate e os olhos quase não podem enxergar. Gosto quando vejo a vida bater na janela e as pessoas abrirem com força.
De repente, num momento em que tudo está dando mais certo para mim, fica até mais fácil ver o que havia de tão errado antes. E foi aí, olhando para as outras pessoas que eu descobri: O que estava errado era justamente achar que tudo estava errado. Falar sobre isso, escrever sobre isso, e insistir tanto nisso!
Veja bem, eu não sou o estereótipo da pessoa meiga e feliz vinte e quatro horas por dia, mas eu descobri que tudo fica bem mais fácil quando a gente sorri. Eu também não sei ser falsa e não dizer aquilo que penso, mas me dei conta de que existem maneiras menos agressivas de se dizer certas coisas, e quanto menos agressivo, menos dor para ambas as partes.
Tem certas horas que ser Áries dificulta, mas eu andei mudando tantas coisas, além do meu cabelo e da minha roupa, que mudei também o que havia de mais importante: A maneira de me ver e sentir, para então, ver e sentir as outras pessoas.
É importante, ao menos de vez em quando, olhar para os outros e tentar sentir o que eles poderiam sentir. Perceber que não vale à pena usar das palavras para ferir alguém. Já disse Graciliano Ramos que "a palavra foi feita para dizer" mas talvez as estejamos dizendo de maneira errada. Talvez eu esteja errada. Eu demorei tempo demais para perceber, mas algum dia os olhos tem de se abrir mesmo, e ainda que o sol os machuque um pouco, é sempre bom vê-lo.
Pode ser que estar vivo e ter tudo o que se precisa para viver, seja motivo suficiente para conseguir deixar de olhar o próprio umbigo e pensar que o mínimo que se espera, e não é mesmo muito, é um pouco de delicadeza.
A vida é melhor quando a gente pode acreditar no caráter das pessoas, quando a gente acredita no sorriso sem ter ouvido sequer uma palavra. Quando a gente pode dizer que tem pessoas por quem se colocaria as mãos no fogo e com a certeza de não se queimar.
Tudo fica mais fácil quando se abre um sorriso e se é gentil, ainda que com aqueles que não merecem. Tudo se torna mais cálido quando a gente aprende a falar aquilo que é necessário e deixar de lado o que não é. Mas a cima de todas as coisas, a vida ganha o seu verdadeiro valor no dia em que lutamos por ela, e até pela dos outros. Mas não se defende causa alguma sem acreditar em ninguém.
Hoje eu desculpo a antipatia das pessoas e até sorrio para elas, afinal, o que são os olhos a me julgar? Hoje eu olho para aqueles que me detestam e procuro entende-los, caso não consiga, mantenho minha boca calada, e cada um que saiba de si.
Só por hoje eu queria que toda palavra fosse bonita, todo gesto, nobre, todo o dia, azul, e queria todo o tempo do mundo para que as pessoas aprendessem a dar o valor necessário às suas palavras,e não fazer com que elas se percam sem destino por aí, afinal o verdadeiro sentido da palavra é ser entendida, e não desperdiçada.
sábado, 24 de abril de 2010
A gente finge que ainda não acordou
Me invadiu felicidade imensurável, sentimento de completude, vontade de estar sempre assim. Ah, meu Deus, quem me dera eu soubesse antes o gosto que tem tanto amor, e tomara que a vida me seja boa e eu mereça ter esta alegria por muito tempo.
Como é bonito estar assim, poder deitar e pensar em nada, em paz. Poder sorrir tranquila e ter tanta coragem para seguir em frente.
Como é bom olhar para o seu amor e dizer "A gente finge que ainda não acordou e volta para a cama". É bom sonhar, é bom viver, é bom estar assim, bom até demais.
Ele na cabeça e eu nesta estrada, eu o vejo atravessar e vir ao meu encontro, eu sinto seus braços cálidos e tenho vontade de segurá-lo para sempre, de cuidar dele, para que a solidão nunca o aflija.
"Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia, impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de olhar encabulado; de carinho escondido ou flor catada no alto do muro e entregue de repente...
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor e de ficar horas olhando o outro, abobalhado de tanta lucidez...
Não tem namorado quem não tem música secreta, não dedica livros, não recorta artigos e não se chateia com o fato do seu bem ser paquerado...
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e tem medo de mostrar que se emociona. Se você não tem namorado é porque ainda não descobriu que amar é alegre mas você pesa duzentos quilos de grilos...
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu nem cresceu aquele pouco necessário para fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enloucresça!"
Artur da Távola
terça-feira, 30 de março de 2010
Eu quero mergulhar mais fundo
"E se eu disser que a noite não consigo adormecer por que me agarro a imagem que de ti em vão persigo? Pois eis que o digo, amor. E logo esbarro em tua ausência. Essa lâmina exata que me penetra, e fere, e sangra, e mata."
Sabe, ultimamente a estrada está complicada, mesmo assim eu prossigo como se flutuasse, e já nem sinto as pedras no caminho, porque de repente, num só e misterioso sentimento, tudo se fez claro, tudo faz sentido. Dizer agora que as coisas vão mal seria muita ingratidão da minha parte. Dizer que tudo não tem saido melhor do que eu poderia esperar também seria um absurdo.
Eu não sei se é meu jeito de sempre querer mais, de ter pressa demais, se sou eu que atropelo as coisas e passo por cima de mim mesma, eu não sei em que ponto eu deixei que a angustia me abatesse novamente. Meu Deus, todos os dias tem sido batalhas, eu luto com todas as minhas forças para levantar da cama, ouvir músicas animadas, não dormir o dia inteiro, frequentar todas as aulas, para fazer tudo tão certo e não correr o risco de me arrepender de novo do rumo que as coisas tomam.Dizem até que este sentimento é bom, é como estar vivo novamente, ter um coração batendo acelerado todos os dias, ter alguém em quem pensar, e se lembrar a cada segundo do seu dia que este alguém que faz a sua angustia existir, também te causa a maior das alegrias quando está presente. E se este for o meu inferno então é nele mesmo que eu quero mergulhar, se for este o preço, eu pago. Hoje eu sei, como nunca antes soube, que este é o sentimento mais profundo e que ele vale a pena a cima de tudo.
Muito tempo se passou, muito tempo nos meus sonhos, maldito desejo de tudo na hora, apressada, como quem não sabe esperar e mesmo assim espera, esta sou eu. Muito tempo nesta estrada, e eu poderia passar uma vida inteira nela se no final ele fosse a minha recompensa.
É como se de repente tudo se ordenasse, eu já não sou a mesma de um ano atrás, nem sou a mesma de alguns dias atrás, quando sorria ao ouvir seu coração, eu sou agora um pouco triste, mas é uma tristeza que me faz lembrar de coisas belas, que amanhã provavelmente me farão feliz de novo.
Hoje me dou conta que o único sentido de eu ter percorrido todo esse caminho foi te-lo ali em frente, novamente, como se nunca tivesse saido, e na verdade, não saiu.
Eu queria saber um monte de palavras bonitas que pudessem dizer a ele o quanto tudo isso tem sido difícil, e o quanto meu coração precisa respirar. Eu queria saber de formas diferentes de dizer tudo aquilo que ele merecia ouvir, e de repente mostrar que eu quero mesmo ir bem fundo para encontrá-lo, que eu posso, agora eu posso oferecer tudo o que tenho em mim, porque tudo de bom que existe hoje me lembra muito a sua imagem.
No fim das contas me perdi de novo, e crente que estava no rumo certo, eu sei que amanhã vou levantar da cama e vai ser como se nada disso tivesse acontecido, sei que vou sorrir ao pensar nele, e que vou sorrir ao encontrá-lo de novo, sem dizer e nem pensar o quanto estou ferida, e sei que um dia desses ele pode perceber que eu já não sou o que ele precisa, e ainda assim, depois de tanto tempo, depois de tantas barreiras, depois de atravessar o labirinto que é meu coração, eu vou insistir em ser para ele, porque eu já não quero ninguém mais para mim.
terça-feira, 16 de março de 2010
Empezar desde cero!
Começar do zero, pelo direito que eu e qualquer ser humano deve ter de poder voltar atrás, de poder correr pela própria felicidade. Hoje eu começo de novo para tentar recuperar uma parte de mim que ficou perdida lá atrás, nessa estrada escura. Eu não faço questão alguma de me esquecer do passado, pelo contrário, pela primeira vez na minha vida eu o enfrento, eu o procuro, e quero recupera-lo, pela primeira vez ele me parece valer a pena. Eu não peço de forma alguma que suma da minha cabeça e do meu coração cada sentimento, cada pedaço de poesia e nem o gostinho bom que tinha a minha felicidade. Eu peço para recuperar todas essas coisas que um dia eu deixei para trás, eu peço para fazer de maneira diferente, começar diferente, e poder fazer tudo certo dessa vez.
Começar do zero porque eu acredito numa chance que todos nós temos de fazer a coisa certa, ainda que de inicio tenhamos feito tudo errado. É porque eu acredito na volta por cima, no levantar a cabeça e seguir em frente, mas só se segue realmente em frente quando tudo está certo lá atrás, quando a nossa consciência e o nosso coração nos permitem seguir a viagem sem nada que nos prenda futuramente.
Hoje eu estou aqui, com mais força, sem medo, pronta para seguir em frente e buscar, ainda que fugaz, a minha felicidade.
Eu preciso daquele sentimento bom que bate às vezes e se vai rápido como veio, de paz, de calma, como se tudo estivesse para dar certo no momento a seguir. Aquele sentimento de estar livre de culpas, remorsos, receios e dores. Aquela alegria rara que alguns conseguem alcançar, de se sentir bem consigo mesmo, para então poder fazer bem aos outros.
Eu prefiro acreditar que ainda posso me fazer feliz, que tentar fugir, como antes fiz, de todas as coisas bonitas que me cercavam pelo simples fato de elas ainda me lembrarem do que me feriu. Acontece que não se pode esquecer as coisas que passaram, eu não posso apagar ou voltar no tempo, não posso nem ao menos fingir que nada aconteceu, mas quero, e mais que tudo, mais que nada, a cima de mim, que ao menos uma chama ressurja ainda que a me queimar, e que esta chama dissipe o gelo que a muito me cobria, me cortava, e me quebrou em mil pedaços.
Começar do zero por este fogo a reacender os velhos sonhos perdidos no espaço. Por esta coragem tão grande que me devolve a capacidade de sonhar e me traz de volta a ilusão do amor ideal, da felicidade tão simples e a cima de tudo do direito tão necessário de poder acreditar que as coisas vão dar certo e de que o final feliz é para todo aquele que ousa se arriscar a busca-lo.
Começar do zero porque eu acredito numa chance que todos nós temos de fazer a coisa certa, ainda que de inicio tenhamos feito tudo errado. É porque eu acredito na volta por cima, no levantar a cabeça e seguir em frente, mas só se segue realmente em frente quando tudo está certo lá atrás, quando a nossa consciência e o nosso coração nos permitem seguir a viagem sem nada que nos prenda futuramente.
Hoje eu estou aqui, com mais força, sem medo, pronta para seguir em frente e buscar, ainda que fugaz, a minha felicidade.
Eu preciso daquele sentimento bom que bate às vezes e se vai rápido como veio, de paz, de calma, como se tudo estivesse para dar certo no momento a seguir. Aquele sentimento de estar livre de culpas, remorsos, receios e dores. Aquela alegria rara que alguns conseguem alcançar, de se sentir bem consigo mesmo, para então poder fazer bem aos outros.
Eu prefiro acreditar que ainda posso me fazer feliz, que tentar fugir, como antes fiz, de todas as coisas bonitas que me cercavam pelo simples fato de elas ainda me lembrarem do que me feriu. Acontece que não se pode esquecer as coisas que passaram, eu não posso apagar ou voltar no tempo, não posso nem ao menos fingir que nada aconteceu, mas quero, e mais que tudo, mais que nada, a cima de mim, que ao menos uma chama ressurja ainda que a me queimar, e que esta chama dissipe o gelo que a muito me cobria, me cortava, e me quebrou em mil pedaços.
Começar do zero por este fogo a reacender os velhos sonhos perdidos no espaço. Por esta coragem tão grande que me devolve a capacidade de sonhar e me traz de volta a ilusão do amor ideal, da felicidade tão simples e a cima de tudo do direito tão necessário de poder acreditar que as coisas vão dar certo e de que o final feliz é para todo aquele que ousa se arriscar a busca-lo.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Páginas rasgadas
Esses dias em meio aos meus tormentos típicos, estava eu revirando minhas gavetas em busca de coisas bonitas que me deixassem mais perto de mim mesma, talvez alguns desenhos, letras de músicas, diários antigos, qualquer coisa que os valha. Acabei encontrando até muito mais do que imaginei achar: Um desenho que ficou perdido no quarto antigo, desenho este de minha irmã Jayna, num caderno velho que ela usou na escola e depois largou, o mesmo estava perdido de baixo da poeira que cobria a casa, a muito tempo atrás eu peguei e o trouxe comigo, como quem tenta resgatar nem que seja um pouco da felicidade daqueles tempos.
Encontrei também na gaveta de cabeceira um broche de dragão, que um dia entreguei a um amor. Alguns desenhos meus, da época em que eu ainda gostava e tinha paciência para ir contra a minha natureza de péssima desenhista.
Do amor que até então havia sido para mim o mais marcante, eu não encontrei nada, aí lembrei que queimei tudo sobre ele junto com a minha felicidade, acho mesmo que não valeria a pena ler nada daquilo, eu riria da minha própria ingenuidade hoje em dia.
Mas como a minha mente ainda pensava em algo, apesar de tudo, eu me lembrei de rasgar da mesma agenda as páginas sobre o amor mais bonito que vivi, de guardar aquelas páginas bem perto para que não demorasse a encontrar, afinal de contas eu sabia, lá no fundo, que mais pra frente eu perderia noites e noites lendo aquelas páginas, poucas páginas, mas que guardaram o melhor que ficou de nós, o melhor que ficou de mim, e eu consigo sentir as minhas palavras como se tudo acontecesse de novo no exato instante em que as leio, lembro do cheiro, do gosto que tinha a minha felicidade, e de como aquilo tudo, apesar do tempo, ainda faz sentido pra mim.
Estas páginas com certeza são uma mistura de tudo de bom que tem em mim, de todas as coisas bonitas e felizes, como se com elas fosse possível por um momento deixar atrás tudo o que tem de ruim em outras lembranças, e nada mais fere, nada mais mata, é como se tudo fizesse sentido, e cada lágrima que escorre dos olhos é apenas de felicidade, de saudade, e a tristeza só começa depois que as termino de ler.
Em meio a todas as minhas lembranças é como se ficasse mais difícil atropelar a solidão que eu sinto, ficaram tantas coisas e ao mesmo tempo elas simplesmente não existem mais. A casa da infância, as irmãs, a avó e os doces, o tempo em que amores eram fáceis, os dias de felicidade no quintal e talvez até as broncas de criança.
Enfim, sei que estão lá as páginas rasgadas com a minha felicidade, sei que sinto paz e saudade quando as leio, sei que vou guarda-las comigo, afinal de contas "sonhar é melhor do que nada".
E esses dias eu aprendi que às vezes é preciso saber voltar atrás, é preciso saber correr atrás, quem sabe até eu não crio coragem e vou buscar algumas lembranças que ficaram dentro de mim, quem sabe apesar de tudo algumas coisas ainda possam valer a pena.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
E não se atormente mais...
O que acontece se a gente de repente se perde e fica difícil demais se achar?
Eu nunca acreditei que tudo pudesse ir por esse caminho, eu já tinha lutado tanto para que tudo desse certo, eu já podia balançar a cabeça ouvindo Musica Ligera, eu podia ficar tranquila e não precisava mais de um ombro pra chorar.
Será que sou eu que não tenho direito de encontrar a felicidade? Meu reino por só um pouquinho de paz.
Está difícil controlar os meus próprios impulsos, a vontade que me dá de deixar tudo para trás e desaparecer, de não me ferir ou deixar ferir por mais ninguém.
Ah, se eu soubesse aonde vai dar este labirinto, se eu soubesse como chegar nos corações dos quais preciso, se eu soubesse ao menos como voltar atrás.
Eu sei sim que nada é pra ontem, nada para agora, nenhum amor assim desses que salvam ou destroem, não hoje. Ainda assim a necessidade de buscar aquilo que falta é que me apressa, e o que falta eu nem mesmo sei, mas sei que falta, sempre falta, eu queria ser completa por dois minutos, só de brincadeira, só pra saber como é.
Hoje não tem confusão, não tem furacão, o trânsito está lá fora, o caos também, e eu só chego até o sofá. Hoje não tem brincadeira na chuva, ela também ficou lá fora, hoje não tem sorriso, não tem alegria, não tem sol e nenhum amor restou.
O coração bateu tarde demais, e agora já não me deixa em paz, eu me lembrei hoje como é triste a solidão, porque a ilusão ao menos me mantinha tranquila, como se alguma coisa de bom estivesse para acontecer, engraçado a felicidade acabar antes de se completar.
Nada mais pode esperar, eu não posso mais, talvez eu ainda vá sentir saudade daquilo que nunca existiu, assim como eu sinto falta do meu real e único amor desfeito, estranho pensar que talvez fosse tudo o que eu procurava e mesmo assim eu fui embora, mas afinal de contas que pena que eu desisti.
E atormenta, entristece, machuca, mata um pouco e me quebra inteira, como se de repente nada mais tivesse valido a pena de uns meses pra cá. Porque fere, porque sangra, e me mate agora, por favor que eu não aguento comigo mesma.
Eu li em algum lugar, que "sonhar é melhor do que nada" e talvez seja mesmo verdade, o tempo passou, não há como voltar atrás, talvez seja melhor não pensar, não questionar, tudo aconteceu porque tinha que acontecer, e às vezes, antes de dormir, ou mesmo quando pego no sono, eu consigo sentir como se fossem aqueles tempos, e é tão real que eu posso sentir cada batida do meu coração, a mesma felicidade, a mesma coragem, e o mesmo amor das páginas rasgadas do meu diário. Aí então, quando começa a ficar muito triste eu viro pro lado, e digo pra mim mesma: Não se atormente mais.
Eu nunca acreditei que tudo pudesse ir por esse caminho, eu já tinha lutado tanto para que tudo desse certo, eu já podia balançar a cabeça ouvindo Musica Ligera, eu podia ficar tranquila e não precisava mais de um ombro pra chorar.
Será que sou eu que não tenho direito de encontrar a felicidade? Meu reino por só um pouquinho de paz.
Está difícil controlar os meus próprios impulsos, a vontade que me dá de deixar tudo para trás e desaparecer, de não me ferir ou deixar ferir por mais ninguém.
Ah, se eu soubesse aonde vai dar este labirinto, se eu soubesse como chegar nos corações dos quais preciso, se eu soubesse ao menos como voltar atrás.
Eu sei sim que nada é pra ontem, nada para agora, nenhum amor assim desses que salvam ou destroem, não hoje. Ainda assim a necessidade de buscar aquilo que falta é que me apressa, e o que falta eu nem mesmo sei, mas sei que falta, sempre falta, eu queria ser completa por dois minutos, só de brincadeira, só pra saber como é.
Hoje não tem confusão, não tem furacão, o trânsito está lá fora, o caos também, e eu só chego até o sofá. Hoje não tem brincadeira na chuva, ela também ficou lá fora, hoje não tem sorriso, não tem alegria, não tem sol e nenhum amor restou.
O coração bateu tarde demais, e agora já não me deixa em paz, eu me lembrei hoje como é triste a solidão, porque a ilusão ao menos me mantinha tranquila, como se alguma coisa de bom estivesse para acontecer, engraçado a felicidade acabar antes de se completar.
Nada mais pode esperar, eu não posso mais, talvez eu ainda vá sentir saudade daquilo que nunca existiu, assim como eu sinto falta do meu real e único amor desfeito, estranho pensar que talvez fosse tudo o que eu procurava e mesmo assim eu fui embora, mas afinal de contas que pena que eu desisti.
E atormenta, entristece, machuca, mata um pouco e me quebra inteira, como se de repente nada mais tivesse valido a pena de uns meses pra cá. Porque fere, porque sangra, e me mate agora, por favor que eu não aguento comigo mesma.
Eu li em algum lugar, que "sonhar é melhor do que nada" e talvez seja mesmo verdade, o tempo passou, não há como voltar atrás, talvez seja melhor não pensar, não questionar, tudo aconteceu porque tinha que acontecer, e às vezes, antes de dormir, ou mesmo quando pego no sono, eu consigo sentir como se fossem aqueles tempos, e é tão real que eu posso sentir cada batida do meu coração, a mesma felicidade, a mesma coragem, e o mesmo amor das páginas rasgadas do meu diário. Aí então, quando começa a ficar muito triste eu viro pro lado, e digo pra mim mesma: Não se atormente mais.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Eu diria que hoje sinto muito...
Falar o que? Fazer o que? Se mal chega a felicidade e sem tempo de se instalar é expulsa pela tristeza que me fere e quase mata.
Dizer que se arrependeu não é forma de ter de volta tudo o que desprezou. Dizer que preferia voltar no tempo e mudar as coisas também não. Dizer ainda que gostaria de ser uma pessoa melhor não muda nada, afinal, de que servem as palavras, se nem sempre podem enxergar os sentimentos, esses que atormentam, perturbam e agora me castigam pela minha própria escolha?
Ah, mas se eu pudesse, eu diria que a vida é um imenso tormento desde que descobri o meu amor na tua ausência, e ainda que um amor diferente, ele permanece intacto e com mesma intensidade.
Ah, se eu pudesse eu diria que me lembro dos teus gestos e carinhos e formas de dizer tudo o que eu precisava ouvir. E diria ainda, que Chico Buarque me lembra você como a mais ninguém, de maneira, que se ouço aquele que tenho vontade todos os dias, penso em ti também, todos os dias.
E me castigue ainda o quanto quiseres, tempo, destino. Se eu não sei porque motivo eu acreditei que a saída era fácil e ir embora era melhor, desistir sem tentar nunca fez ninguém mais feliz desde que o mundo é mundo.
Eu acredito num amor tão imenso e profundo que faz feliz todos os dias apenas por existir, que basta, e nos basta. Aí então, hoje acredito que o mesmo amor nos leva a ser tristes de modo a morrer um pouco todos os dias, definhar e nunca esquecer.
Eu queria poder dizer que a gente olha às vezes para o lado errado, que se faz cego diante daquilo de mais bonito que tem para enxergar, que joga, muitas vezes, no lixo aquilo que de mais precioso se pode ter. Eu não sei dizer em que momento me dei conta, ou em que momento me lembrei que esqueci de dizer tudo isso... O fato é que agora lembrei, e agora é tarde, para dizer que amizade ainda poderia existir, carinho, amor de algum jeito, de qualquer jeito, ou pelo menos um perdão.
E mostraria, só uma vez, o quanto vale este amor que ainda restou, este pensamento meu que não me deixa em paz cada vez que surge em algum lugar, numa boca qualquer, ou mesmo na noite calada, o teu nome bendito, bonito e que entre tantos outros me lembra só você.
Hoje eu deixo este medo de lado, mas ao mesmo tempo não ousaria te pedir o perdão que necessito, ainda permanece para mim como alguém superior e de amor maior e mais bonito do que jamais eu soube dar.
Eu encontrei a felicidade e a perdi tantas vezes depois de ti, eu fui e voltei e não me achei e até pensei que seria mais fácil, eu juro que pensei que seria melhor para os dois, e veja só, parece ter sido mesmo melhor para você, e eu ainda nem acredito que pensei poder viver sem a tua presença depois de tê-la tão perto.
E se é para pedir perdão, eu me acovardo e me intimido, eu me escondo e não ouso olhar nos teus olhos mais uma vez, porque se choro só de pensa-los eu poderia desabar ao olha-los.
Quem sabe um dia, eu num impulso, não te procuro e te peço amizade, talvez um abraço com o teu perdão, e aí quem sabe eu esteja livre de tudo que dói ao lembra-lo triste quando parti.
Eu poderia viver mais 1000 anos de inferno se pudesse te trazer a felicidade numa bandeja, eu arrancaria o coração sangrando deste peito para te dar como prova da minha gratidão e arrependimento.
"Vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra te dar..."
Dizer que se arrependeu não é forma de ter de volta tudo o que desprezou. Dizer que preferia voltar no tempo e mudar as coisas também não. Dizer ainda que gostaria de ser uma pessoa melhor não muda nada, afinal, de que servem as palavras, se nem sempre podem enxergar os sentimentos, esses que atormentam, perturbam e agora me castigam pela minha própria escolha?
Ah, mas se eu pudesse, eu diria que a vida é um imenso tormento desde que descobri o meu amor na tua ausência, e ainda que um amor diferente, ele permanece intacto e com mesma intensidade.
Ah, se eu pudesse eu diria que me lembro dos teus gestos e carinhos e formas de dizer tudo o que eu precisava ouvir. E diria ainda, que Chico Buarque me lembra você como a mais ninguém, de maneira, que se ouço aquele que tenho vontade todos os dias, penso em ti também, todos os dias.
E me castigue ainda o quanto quiseres, tempo, destino. Se eu não sei porque motivo eu acreditei que a saída era fácil e ir embora era melhor, desistir sem tentar nunca fez ninguém mais feliz desde que o mundo é mundo.
Eu acredito num amor tão imenso e profundo que faz feliz todos os dias apenas por existir, que basta, e nos basta. Aí então, hoje acredito que o mesmo amor nos leva a ser tristes de modo a morrer um pouco todos os dias, definhar e nunca esquecer.
Eu queria poder dizer que a gente olha às vezes para o lado errado, que se faz cego diante daquilo de mais bonito que tem para enxergar, que joga, muitas vezes, no lixo aquilo que de mais precioso se pode ter. Eu não sei dizer em que momento me dei conta, ou em que momento me lembrei que esqueci de dizer tudo isso... O fato é que agora lembrei, e agora é tarde, para dizer que amizade ainda poderia existir, carinho, amor de algum jeito, de qualquer jeito, ou pelo menos um perdão.
E mostraria, só uma vez, o quanto vale este amor que ainda restou, este pensamento meu que não me deixa em paz cada vez que surge em algum lugar, numa boca qualquer, ou mesmo na noite calada, o teu nome bendito, bonito e que entre tantos outros me lembra só você.
Hoje eu deixo este medo de lado, mas ao mesmo tempo não ousaria te pedir o perdão que necessito, ainda permanece para mim como alguém superior e de amor maior e mais bonito do que jamais eu soube dar.
Eu encontrei a felicidade e a perdi tantas vezes depois de ti, eu fui e voltei e não me achei e até pensei que seria mais fácil, eu juro que pensei que seria melhor para os dois, e veja só, parece ter sido mesmo melhor para você, e eu ainda nem acredito que pensei poder viver sem a tua presença depois de tê-la tão perto.
E se é para pedir perdão, eu me acovardo e me intimido, eu me escondo e não ouso olhar nos teus olhos mais uma vez, porque se choro só de pensa-los eu poderia desabar ao olha-los.
Quem sabe um dia, eu num impulso, não te procuro e te peço amizade, talvez um abraço com o teu perdão, e aí quem sabe eu esteja livre de tudo que dói ao lembra-lo triste quando parti.
Eu poderia viver mais 1000 anos de inferno se pudesse te trazer a felicidade numa bandeja, eu arrancaria o coração sangrando deste peito para te dar como prova da minha gratidão e arrependimento.
"Vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra te dar..."
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Felicidade, TPM, uma lâmina, sangue e lágrima...
Uma felicidade me invadiu, estava eu tão absurdamente e incrívelmente feliz que me deixei tomar por inteiro. De repente lá estava eu tão eufórica e em paz, com tanta coragem e livre de todo medo que antes morava em meu coração, agora eu tinha tanta certeza de tudo à minha volta que não precisaria de mais nada.
Num instante anoiteceu, amanheceu e eu nem percebi, eu fui dormir e sonhei, eu acordei e continuei a sonhar, até que tudo foi voltando ao normal, a poeira baixou, o medo voltou e eu continuei a sorrir, disfarcei minha própria infelicidade, a tempestade dentro de mim tomou conta, e numa tentativa falha de distração cravei-me uma faca no dedo, banhei de sangue o lavatório e chorei por cima do mesmo que corria, chorei tão profundo que jorrei toda a tristeza que me atormentava, a dor que se misturava agora com o pequeno corte que ardia.
Eu não sei o que me deu, e nem ao menos posso explicar este turbilhão que se forma dentro de mim, a felicidade esperada e a tristeza repentina, sem mais... Eu queria apenas braços amigos a me abrigar.
Eu dormi tão profundamente, que nesta noite entorpecida pelo luar, sonhei que me entregava à um passado de forma diferente do que eu fiz acontecer. Mas eu sei que o desengano é meu, vem de dentro, e não tem nada de errado lá fora, tudo está até muito bem.
Acordei muito depois do sol raiar, já passara da uma da tarde, e eu não queria levantar. Este dia amanheceu com uma intensidade unica, o céu azul, o sol brilhando, tudo parece mais verde, mais claro, mais intenso. Eu calo de dor mesmo já esquecendo do corte, me falta vontade de tudo, deve ser a minha TPM constante de todos os meses, como sempre igual, todo mês sofrido.
Hoje eu quero ouvir mais sim do que não, eu quero poder sorrir mesmo que para aqueles que não merecem, eu quero que me sorriam de volta ao invés de me jogar pedras, eu quero ter meus amigos perto, eu quero brincar de ser feliz, e acreditar que sou, eu quero acreditar que tem alguém por mim, e eu sei que mais tarde, quando o sol estiver para se esconder, eu vou recomeçar do zero e ver que eu fiquei e vou ficar, porque nada muda se o meu amor não mudar. Eu não me deixei vencer só porque hoje não foi um bom dia.
Se amanhã ainda existir amor, eu estarei aqui por ele, porque eu quero ser capaz de raiar um novo dia também dentro de mim.
Num instante anoiteceu, amanheceu e eu nem percebi, eu fui dormir e sonhei, eu acordei e continuei a sonhar, até que tudo foi voltando ao normal, a poeira baixou, o medo voltou e eu continuei a sorrir, disfarcei minha própria infelicidade, a tempestade dentro de mim tomou conta, e numa tentativa falha de distração cravei-me uma faca no dedo, banhei de sangue o lavatório e chorei por cima do mesmo que corria, chorei tão profundo que jorrei toda a tristeza que me atormentava, a dor que se misturava agora com o pequeno corte que ardia.
Eu não sei o que me deu, e nem ao menos posso explicar este turbilhão que se forma dentro de mim, a felicidade esperada e a tristeza repentina, sem mais... Eu queria apenas braços amigos a me abrigar.
Eu dormi tão profundamente, que nesta noite entorpecida pelo luar, sonhei que me entregava à um passado de forma diferente do que eu fiz acontecer. Mas eu sei que o desengano é meu, vem de dentro, e não tem nada de errado lá fora, tudo está até muito bem.
Acordei muito depois do sol raiar, já passara da uma da tarde, e eu não queria levantar. Este dia amanheceu com uma intensidade unica, o céu azul, o sol brilhando, tudo parece mais verde, mais claro, mais intenso. Eu calo de dor mesmo já esquecendo do corte, me falta vontade de tudo, deve ser a minha TPM constante de todos os meses, como sempre igual, todo mês sofrido.
Hoje eu quero ouvir mais sim do que não, eu quero poder sorrir mesmo que para aqueles que não merecem, eu quero que me sorriam de volta ao invés de me jogar pedras, eu quero ter meus amigos perto, eu quero brincar de ser feliz, e acreditar que sou, eu quero acreditar que tem alguém por mim, e eu sei que mais tarde, quando o sol estiver para se esconder, eu vou recomeçar do zero e ver que eu fiquei e vou ficar, porque nada muda se o meu amor não mudar. Eu não me deixei vencer só porque hoje não foi um bom dia.
Se amanhã ainda existir amor, eu estarei aqui por ele, porque eu quero ser capaz de raiar um novo dia também dentro de mim.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Um beijo como cobertor no frio
Acho que a melhor definição que já ouvi. Pode um beijo ser como um cobertor num dia frio...
Este beijo deve ser daquele que te importa de verdade, de um único ser neste mundo que detenha seu coração. Aquele que vai te fazer tropeçar ao tentar ir embora, que vai te manter ali por mais que o tempo passe.
Deve ser assim agora, quando já não importa quantos homens você deseje ou pra quantos você olhe se, inevitavelmente, apenas um parece fazer sentido.
E eu acredito que seja assim sempre: Você deixa algumas pessoas importantes passarem, você se arrepende muito disso, você se esquece de dizer aos amigos o quanto os ama, e se esquece de pedir perdão quando falha... Mas então um dia você descobre que deixou passar aqueles que tinham que ir de qualquer jeito, para estarem melhor e para que você também esteja. Você descobre que um beijo pode ser muito mais que a pura atração que se sente por alguém, que se arrepender não vale a pena e nem muda as coisas, e que os amigos de verdade vão estar aí para te perdoar mesmo que você não os peça perdão.
Talvez seja poético, mas nem sempre melhor ou mais fácil, querer uma só pessoa e ser para uma só pessoa, talvez amar seja mais difícil e mais desastroso que simplesmente não amar. Acontece que o amor é único sentimento que te enche de vida o suficiente para que você seja completo.
Enfim, encontre-se em seu amor, deixe que o labirinto da vida te leve até ele, sem medo, você por alguém e alguém por você... E então mais tarde tudo começa a fazer sentido.
Aqueça-se.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Meu fiel escudeiro
Como se explica de repente encontrar pessoa tão incompatível e diferente de mim e que ao mesmo tempo tenha a incrível capacidade de me entender?
Como se explica ou racionaliza aquilo que de mais profundo existe dentro de mim? O amor e admiração a ele, amado amigo, Rafael, sobre quem (e para a quem) escrevo com tanto prazer.
E as ruas de nossa Santana que presenciaram tantos passos, tantas conversas e confidencias é que falam por nós, pois lugar nenhum jamais seria tão bom quanto este que nos recebeu e acolheu e que foi palco de todos os nossos espetáculos de cumplicidade sem fim. Essas ruas tortas e o caminho de sempre, braços dados, e palavras perdidas, ah, mas eu queria poder dizer-te em um só dia tudo o que eu passei, mas nem em tantos dias há três anos consegui dizer-te o quanto me fazia bem o simples trajeto que da escola nos levava ao terminal, se era a tu a me acompanhar.
E debaixo do sol do meio dia, de alguns temporais, das minhas desventuras amorosas, desvairados pensamentos e idéias mirabolantes é que fomos felizes, enquanto nossos dias eram apenas um do outro, enquanto almoçávamos no Mc donald's, e nada mais fazíamos senão ajudar toda aquela corja que nos enfia de cabeça nesse capitalismo sujo, e fingir que estudávamos e que aquele tempinho era realmente para que eu fosse bem na escola, e não apenas um tempo nosso para dizer: "Oi, eu estou aqui, todos os dias e sempre estarei".
E o tempo foi passando para nós, eu e ele, juntos, há três anos, e não poderia me furtar de dizer o medo que tinha de que durante as férias ele se esquecesse de mim, ou se mudasse sem dizer para onde. Eu sabia que jamais encontraria no caminho alguém que me acolhesse tão prontamente e que me dissesse tudo o que eu arrisco pensar ser apenas os olhos doces deste amigo, mas que me fazem um bem danado. É quando eu penso que sou forte, sou capaz, sou "gênio". Nem tanto, mas eu gosto de ouvir.
É sim, Rafael, a pessoa mais bondosa e bela que habita este mundo, e não são olhos cegos ou apaixonados que dizem, são os olhos daquela que o enxerga por inteiro, como um irmão, com um amor incondicional, e que vai estar ali independente de tempo ou distância.
E é ele que, talvez se lembre, como mais ninguém lembraria de cada detalhe e cada momento que passamos juntos, é ele que descreve esses momentos e que da forma mais doce me arranca lágrimas dos olhos.
Ah, meu amigo, eu não preciso dizer e nem mostrar mais o que és para mim, se ao ver-te brilham os olhos daquela que só deseja ter para sempre um abraço teu ou uma palavra de consolo, um colo, ou qualquer coisa que os valha.
Pela tua dedicação de anos, por ter aguentado tantos altos e baixos comigo, por me ser fiel desde o dia em que te conheci, por nunca ter me faltado quando eu precisei, por ser a pessoa mais doce que cruzou o meu caminho e por ser, Rafael, apenas isso que és, assim, exatamente como conheci, eu escrevo não só para ti, mas para todos aqueles que sabem ou desejam saber o que é ter um fiel escudeiro, um amigo irmão, alguém em quem se confia de olhos fechados, a cima de tudo, e contra qualquer lógica que diga ao contrário. Para que saibam que existe, sim, uma amizade sobretudo infinita.
Pelo amor mais bonito, aquele que não faz sofrer ou causa mágoas, o que de mais puro existe em mim.
Obrigada, caro escudeiro.
Como se explica ou racionaliza aquilo que de mais profundo existe dentro de mim? O amor e admiração a ele, amado amigo, Rafael, sobre quem (e para a quem) escrevo com tanto prazer.
E as ruas de nossa Santana que presenciaram tantos passos, tantas conversas e confidencias é que falam por nós, pois lugar nenhum jamais seria tão bom quanto este que nos recebeu e acolheu e que foi palco de todos os nossos espetáculos de cumplicidade sem fim. Essas ruas tortas e o caminho de sempre, braços dados, e palavras perdidas, ah, mas eu queria poder dizer-te em um só dia tudo o que eu passei, mas nem em tantos dias há três anos consegui dizer-te o quanto me fazia bem o simples trajeto que da escola nos levava ao terminal, se era a tu a me acompanhar.
E debaixo do sol do meio dia, de alguns temporais, das minhas desventuras amorosas, desvairados pensamentos e idéias mirabolantes é que fomos felizes, enquanto nossos dias eram apenas um do outro, enquanto almoçávamos no Mc donald's, e nada mais fazíamos senão ajudar toda aquela corja que nos enfia de cabeça nesse capitalismo sujo, e fingir que estudávamos e que aquele tempinho era realmente para que eu fosse bem na escola, e não apenas um tempo nosso para dizer: "Oi, eu estou aqui, todos os dias e sempre estarei".
E o tempo foi passando para nós, eu e ele, juntos, há três anos, e não poderia me furtar de dizer o medo que tinha de que durante as férias ele se esquecesse de mim, ou se mudasse sem dizer para onde. Eu sabia que jamais encontraria no caminho alguém que me acolhesse tão prontamente e que me dissesse tudo o que eu arrisco pensar ser apenas os olhos doces deste amigo, mas que me fazem um bem danado. É quando eu penso que sou forte, sou capaz, sou "gênio". Nem tanto, mas eu gosto de ouvir.
É sim, Rafael, a pessoa mais bondosa e bela que habita este mundo, e não são olhos cegos ou apaixonados que dizem, são os olhos daquela que o enxerga por inteiro, como um irmão, com um amor incondicional, e que vai estar ali independente de tempo ou distância.
E é ele que, talvez se lembre, como mais ninguém lembraria de cada detalhe e cada momento que passamos juntos, é ele que descreve esses momentos e que da forma mais doce me arranca lágrimas dos olhos.
Ah, meu amigo, eu não preciso dizer e nem mostrar mais o que és para mim, se ao ver-te brilham os olhos daquela que só deseja ter para sempre um abraço teu ou uma palavra de consolo, um colo, ou qualquer coisa que os valha.
Pela tua dedicação de anos, por ter aguentado tantos altos e baixos comigo, por me ser fiel desde o dia em que te conheci, por nunca ter me faltado quando eu precisei, por ser a pessoa mais doce que cruzou o meu caminho e por ser, Rafael, apenas isso que és, assim, exatamente como conheci, eu escrevo não só para ti, mas para todos aqueles que sabem ou desejam saber o que é ter um fiel escudeiro, um amigo irmão, alguém em quem se confia de olhos fechados, a cima de tudo, e contra qualquer lógica que diga ao contrário. Para que saibam que existe, sim, uma amizade sobretudo infinita.
Pelo amor mais bonito, aquele que não faz sofrer ou causa mágoas, o que de mais puro existe em mim.
Obrigada, caro escudeiro.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Não chore ainda não, que eu tenho um violão e nós vamos cantar.
Sobre um herói (2)
O meu Brasil nasceu na voz dele, a lágrima surgiu no canto dos olhos com a sua música, a emoção apareceu no meio das suas letras, o amor e o orgulho deste país de incríveis talentos, o amor maior do mundo que lhe dedico, caro herói, Chico Buarque, obrigada por cada lágrima que correu deste rosto feliz e satisfeito em poder ouvi-lo.
Obrigada, meu Chico, por me salvar de tanta coisa ruim que me cerca, por me regar de boa música e me abrir as portas para aquilo que há de mais precioso, a emoção que se sente quando uma simples musica é capaz de tocar fundo nosso coração.
O que se pode dizer, meu Deus, sobre este homem que fez de mim o que eu sou? Que é o maior ídolo que eu poderia imaginar, que foi a primeira pessoa capaz de me fazer chorar assim de tanta emoção, que entorpeceu minhas noites e acalmou meu coração, este homem que me fez pensar mais que qualquer outro poderia fazer, e me fez amar com um amor inexplicável esta minha terra, a minha gente, o meu lugar.
Ah Brasil, que nome bonito que soa aos meus ouvidos, "verás que um filho teu não foge a luta", verás que eu te amo a cima de qualquer outro lugar, e que te tenho como um orgulho maior, o lar do samba, da bossa nova, o lar do meu Chico e de tantos outros. Nasceram aqui aqueles que eu admiro como jamais poderia imaginar à outro famoso qualquer, porque são eles que escreveram a tua história, meu país, e que de quebra escreveram a minha também, e de certa forma me fizeram ver que não existe nada de melhor no glamour massante e nas incríveis belezas de rostos jovens lá fora, se depois que acaba o show todos tiram a maquiagem e o figurino, e o que fica não chega nem ao menos perto do talento dos rostos destes, cansados da luta, mas felizes no samba, destes que descrevem com perfeição cada sentimento maluco que me toma em devaneios.
E eu cantei, meu Deus, com tanta emoção que me saltou o peito e quase me explodiu o coração, cada uma de suas canções, com alegria sem tamanho ou tristeza profunda, porque nada jamais escrito por ele foi banal ou vazio. A sua verdade é que faz minha vida pulsar, é que faz meu amor florescer e minha palavra ser forte, verdadeira e ser lida. A sua música é que dá sentido à minha vida, aos meus amores, às minhas vitórias.
Mas a cima de tudo, Chico Buarque, és o maior dos meus amores, aquele que sobreviverá à morte ou ao platonismo, que sobreviverá às minhas quedas diárias, porque este amor me remete ao melhor de mim: O pouco de cultura que tenho, o pouco que sei e aprendi, à minha busca infinita por felicidade, cada amor e emoção que brota do mais profundo do meu coração, enfim, me remete ao que existe de bom que eu ainda acredito.
E é assim, já me debulhando em lágrimas, e as mais emocionadas que tenho para derrubar, que te dedico, amado Chico, o que há de mais intenso e profundo em mim, o meu amor e admiração incondicionais, o meu respeito e o meu Brasil ideal.
E eu agradeço todos os dias a sua existência, ainda que nunca saiba da minha.
O meu Brasil nasceu na voz dele, a lágrima surgiu no canto dos olhos com a sua música, a emoção apareceu no meio das suas letras, o amor e o orgulho deste país de incríveis talentos, o amor maior do mundo que lhe dedico, caro herói, Chico Buarque, obrigada por cada lágrima que correu deste rosto feliz e satisfeito em poder ouvi-lo.
Obrigada, meu Chico, por me salvar de tanta coisa ruim que me cerca, por me regar de boa música e me abrir as portas para aquilo que há de mais precioso, a emoção que se sente quando uma simples musica é capaz de tocar fundo nosso coração.
O que se pode dizer, meu Deus, sobre este homem que fez de mim o que eu sou? Que é o maior ídolo que eu poderia imaginar, que foi a primeira pessoa capaz de me fazer chorar assim de tanta emoção, que entorpeceu minhas noites e acalmou meu coração, este homem que me fez pensar mais que qualquer outro poderia fazer, e me fez amar com um amor inexplicável esta minha terra, a minha gente, o meu lugar.
Ah Brasil, que nome bonito que soa aos meus ouvidos, "verás que um filho teu não foge a luta", verás que eu te amo a cima de qualquer outro lugar, e que te tenho como um orgulho maior, o lar do samba, da bossa nova, o lar do meu Chico e de tantos outros. Nasceram aqui aqueles que eu admiro como jamais poderia imaginar à outro famoso qualquer, porque são eles que escreveram a tua história, meu país, e que de quebra escreveram a minha também, e de certa forma me fizeram ver que não existe nada de melhor no glamour massante e nas incríveis belezas de rostos jovens lá fora, se depois que acaba o show todos tiram a maquiagem e o figurino, e o que fica não chega nem ao menos perto do talento dos rostos destes, cansados da luta, mas felizes no samba, destes que descrevem com perfeição cada sentimento maluco que me toma em devaneios.
E eu cantei, meu Deus, com tanta emoção que me saltou o peito e quase me explodiu o coração, cada uma de suas canções, com alegria sem tamanho ou tristeza profunda, porque nada jamais escrito por ele foi banal ou vazio. A sua verdade é que faz minha vida pulsar, é que faz meu amor florescer e minha palavra ser forte, verdadeira e ser lida. A sua música é que dá sentido à minha vida, aos meus amores, às minhas vitórias.
Mas a cima de tudo, Chico Buarque, és o maior dos meus amores, aquele que sobreviverá à morte ou ao platonismo, que sobreviverá às minhas quedas diárias, porque este amor me remete ao melhor de mim: O pouco de cultura que tenho, o pouco que sei e aprendi, à minha busca infinita por felicidade, cada amor e emoção que brota do mais profundo do meu coração, enfim, me remete ao que existe de bom que eu ainda acredito.
E é assim, já me debulhando em lágrimas, e as mais emocionadas que tenho para derrubar, que te dedico, amado Chico, o que há de mais intenso e profundo em mim, o meu amor e admiração incondicionais, o meu respeito e o meu Brasil ideal.
E eu agradeço todos os dias a sua existência, ainda que nunca saiba da minha.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Passional e inconstante, ela faz tudo pulsar.
Entre paz e confusão ela é a confusão. Entre o risco e o seguro ela é o estereotipo do arriscado. Se você segue em frente, ela grita, pula, festeja e dança para te acompanhar. Se você vive a sua vida, ela morre para viver todos os dias, ela muda e erra para aprender. Se você é bom, ela é só alguém que dá tudo de si para ser o melhor que pode, e se esse melhor não satisfaz a alguns, ela sente e olha pra frente, que o que importa é o que ainda pode ser conquistado.
Ela cativa quem se deixa cativar, e ama aqueles que se deixam ser amados. Ela procura um amor maior que o mundo, uma história de vitórias e de presenças mais que de ausências, uma história de encanto e mágica que tem a ver com Chico Buarque e mistura a sua poesia com outros tantos admiráveis.
Ela se encontra entre os discursos de seu pai, grande guerreiro, e as lutas diárias de sua mãe. Ela se encontra entre o revolucionário e o que tem de Che Guevara dentro de si. Ela está entre o risco e a batalha de cada dia, que é simples e parece fácil, mas o amanhã é sempre uma vitória a mais.
Ah, ela é idealista, romântica e piegas assumida. A sua eterna esperança é um dia a mais, a mágica beleza de uma tarde de pôr do sol no verão do Rio de Janeiro, seu oásis de férias.
Ela se encaixa em duas palavras de amor e meia dúzia de textos de Artur da Távola, ela está em cada pequeno laço de amor que surge direto do mais profundo de sua alma, e isso faz dela quem é.
Ela é filha de militantes, lutadores, incansáveis, filha do amor pela batalha, da luta por um todo, a cima de qualquer individualismo. Ela é feita da união entre duas almas profundas e cheias de histórias para contar. Ela chega de manso às vezes e senta no colo de seu pai, para ouvir o que ele tem a lhe dizer, e enxugar as lágrimas que escorrem de seu rosto cansado do trabalho, ela gosta de vê-lo chorar, é quando parece que tudo valeu a pena.
Ela se perde no céu entorpecido pelas estralas que brilham, ela se perde por entre seus sonhos e pesadelos mais profundos, o labirinto da sua cabeça e de seus passos a levam sempre ao ponto de partida: Aonde começa o amor e a magia de estar vivo, é isso que a mantém forte, e cada dia com mais força.
Dona de um nome forte, da personalidade que faz jus a ele, e do orgulho de levá-lo consigo. Sim, pois o nome é o que tem para honrar, o que lhe foi dado de presente.
Ela marca no que diz, e até no que oculta, ela age, quebra as barreiras, sonha e escreve. Escreve porque este é o seu maior prazer, dividir com quem a lê, toda a tristeza, a alegria, a ausência e a distância, a saudade, o medo e a coragem, a dor do amor fracassado, os devaneios, a ilusão e cada sentimento que surge. Os dias de sol, as noites caladas como esta, as tardes chuvosas ou então as de verão na calçada da praia.
E você pode encontrá-la por entre as músicas de seus amados Chico, Tom, Vinicius, Toquinho ou algum outro que os valha, por entre as poesias de Fernando Pessoa, ou mesmo a história de Che Guevara em algum livro. Você pode chamá-la para contar de seus desencontros pela vida, ou então para falar sobre as coisas que leu. Apenas procure-a, que o seu labirinto é escuro mas se a recompensa for o coração desta, pode valer ter continuado. Não deixe que o tempo passe, não deixe que ela se vá, a saudade é muito triste.
Ela cativa quem se deixa cativar, e ama aqueles que se deixam ser amados. Ela procura um amor maior que o mundo, uma história de vitórias e de presenças mais que de ausências, uma história de encanto e mágica que tem a ver com Chico Buarque e mistura a sua poesia com outros tantos admiráveis.
Ela se encontra entre os discursos de seu pai, grande guerreiro, e as lutas diárias de sua mãe. Ela se encontra entre o revolucionário e o que tem de Che Guevara dentro de si. Ela está entre o risco e a batalha de cada dia, que é simples e parece fácil, mas o amanhã é sempre uma vitória a mais.
Ah, ela é idealista, romântica e piegas assumida. A sua eterna esperança é um dia a mais, a mágica beleza de uma tarde de pôr do sol no verão do Rio de Janeiro, seu oásis de férias.
Ela se encaixa em duas palavras de amor e meia dúzia de textos de Artur da Távola, ela está em cada pequeno laço de amor que surge direto do mais profundo de sua alma, e isso faz dela quem é.
Ela é filha de militantes, lutadores, incansáveis, filha do amor pela batalha, da luta por um todo, a cima de qualquer individualismo. Ela é feita da união entre duas almas profundas e cheias de histórias para contar. Ela chega de manso às vezes e senta no colo de seu pai, para ouvir o que ele tem a lhe dizer, e enxugar as lágrimas que escorrem de seu rosto cansado do trabalho, ela gosta de vê-lo chorar, é quando parece que tudo valeu a pena.
Ela se perde no céu entorpecido pelas estralas que brilham, ela se perde por entre seus sonhos e pesadelos mais profundos, o labirinto da sua cabeça e de seus passos a levam sempre ao ponto de partida: Aonde começa o amor e a magia de estar vivo, é isso que a mantém forte, e cada dia com mais força.
Dona de um nome forte, da personalidade que faz jus a ele, e do orgulho de levá-lo consigo. Sim, pois o nome é o que tem para honrar, o que lhe foi dado de presente.
Ela marca no que diz, e até no que oculta, ela age, quebra as barreiras, sonha e escreve. Escreve porque este é o seu maior prazer, dividir com quem a lê, toda a tristeza, a alegria, a ausência e a distância, a saudade, o medo e a coragem, a dor do amor fracassado, os devaneios, a ilusão e cada sentimento que surge. Os dias de sol, as noites caladas como esta, as tardes chuvosas ou então as de verão na calçada da praia.
E você pode encontrá-la por entre as músicas de seus amados Chico, Tom, Vinicius, Toquinho ou algum outro que os valha, por entre as poesias de Fernando Pessoa, ou mesmo a história de Che Guevara em algum livro. Você pode chamá-la para contar de seus desencontros pela vida, ou então para falar sobre as coisas que leu. Apenas procure-a, que o seu labirinto é escuro mas se a recompensa for o coração desta, pode valer ter continuado. Não deixe que o tempo passe, não deixe que ela se vá, a saudade é muito triste.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
"Estou voltando pra casa, outra vez!"
Ontem uma amiga me disse uma coisa que me deixou muito, mas muito emocionada mesmo. Ela disse:
"Eu queria que o seu coração te fizesse voltar"
E é por isso que hoje eu dedico mais esse post a ela. Já não existe nada sem a sua amizade, Maiara Garducci.
É inegável a reviravolta que deu na minha vida e na minha mente esses últimos tempos. É mais inegável ainda como de repente tudo passou a fazer sentido, um novo sentido. É bom quando às vezes essas coisas acontecem para fazer com que a gente mude mesmo o pensamento. Para fazer com que a gente cresça um pouco e resolva organizar e mudar o que está errado.
Enfim, estou aqui, mais uma vez para dizer que eu erro sim, mais do que deveria. Eu vivo numa tpm constante que parece que um dia vai acabar comigo... Cinco minutos depois tudo está lindo. Eu sou inconstante, apesar de odiar isso nos outros, mas ainda assim me parece muito bom que eu possa mudar, melhorar, ir em frente e deixar que as mágoas do passado fiquem no passado.
Eu aprendi uma coisa muito importante, que pode me servir mais pra frente antes de tomar decisões precipitadas. Quando a gente pensa realmente em mudar de vida, em mudar e deixar tudo pra trás, acaba que a gente se esquece de ver que tem coisas bonitas também para deixar pra trás, e é nisso que eu tenho pensado.
Ir embora não significa esquecer, fugir não é ter coragem de mudar, fugir é querer mudar por medo, mas hoje, eu notei que quem sabe eu não seja nada sem esse pouco que tinha de bom na minha casa.
Talvez poucos, mas alguns íntimos entendem, o quanto era difícil pra mim ter diariamente um fantasma a me perseguir, uma sombra de um passado que durante um certo tempo foi a melhor coisa do mundo e eu não tive tempo de me acostumar com o fim. Compreendam, eu sou um ser humano, que pode fugir, mas não esquecer, que pode entender e mesmo assim a dor não vai passar. Algumas marcas ficam, feliz e para mim infelizmente, elas ficam.
O que eu descobri esses dias é uma chave, um segredo, uma coisa muito maior do que eu. Eu descobri que (falando abertamente) ele teve muito poder sobre mim, a minha mente, o meu coração e tudo mais que quisesse, eu me coloquei naquelas mãos e não medi as consequencias. A vida é assim, são riscos, algumas coisas dão certo, outras nem tanto, mas fugir não é o caminho. Enfim, o que eu descobri é que tudo passa, toda dor, todo sofrimento, o que fica mesmo é o que tem de bom, ou melhor, aquilo que você conquistou de bom, as pessoas que você cativou.
Hoje, refeita de tudo eu olho para trás e já não me pergunto porque. Eu não tenho mais a menor necessidade de me questionar ou questionar o destino.
Então agora, tudo o que eu quero é voltar pra minha casa, que pode não ser o melhor lugar, mas é o meu lugar. Eu volto para os amores que conquistei na dureza de cada dia. Eu volto para uma vida que me pertence e eu pretendo recuperar.
Hoje eu voltei a acreditar, acreditar que as coisas sim, podem dar certo. Acreditar que em meio a tanta coisa ruim, existe ainda um pouco de amor, ou muito amor. Eu voltei a acreditar em mim, acreditar que sou capaz e que conquistei o direito de ser feliz. Eu conquistei o direito de ser quem eu sou, quem eu quero ser e de ter a vida que eu quiser ter daqui por diante.
O que passou vai ficar perdido nessa estrada escura onde vagam tantas dores, às vezes eu vou voltar, vou lembrar, e chorar até me cansar por todas elas, mas eu sei que o crepúsculo antecede a luz do sol, e o sol está em cada um, basta saber enxergar.
Talvez seja preciso ter alguém que te faça sentir, seja amor, dor, raiva ou ternura. Eu creio que tenha alguém que me faz sentir tudo isso de uma vez só. E você?
"Eu queria que o seu coração te fizesse voltar"
E é por isso que hoje eu dedico mais esse post a ela. Já não existe nada sem a sua amizade, Maiara Garducci.
É inegável a reviravolta que deu na minha vida e na minha mente esses últimos tempos. É mais inegável ainda como de repente tudo passou a fazer sentido, um novo sentido. É bom quando às vezes essas coisas acontecem para fazer com que a gente mude mesmo o pensamento. Para fazer com que a gente cresça um pouco e resolva organizar e mudar o que está errado.
Enfim, estou aqui, mais uma vez para dizer que eu erro sim, mais do que deveria. Eu vivo numa tpm constante que parece que um dia vai acabar comigo... Cinco minutos depois tudo está lindo. Eu sou inconstante, apesar de odiar isso nos outros, mas ainda assim me parece muito bom que eu possa mudar, melhorar, ir em frente e deixar que as mágoas do passado fiquem no passado.
Eu aprendi uma coisa muito importante, que pode me servir mais pra frente antes de tomar decisões precipitadas. Quando a gente pensa realmente em mudar de vida, em mudar e deixar tudo pra trás, acaba que a gente se esquece de ver que tem coisas bonitas também para deixar pra trás, e é nisso que eu tenho pensado.
Ir embora não significa esquecer, fugir não é ter coragem de mudar, fugir é querer mudar por medo, mas hoje, eu notei que quem sabe eu não seja nada sem esse pouco que tinha de bom na minha casa.
Talvez poucos, mas alguns íntimos entendem, o quanto era difícil pra mim ter diariamente um fantasma a me perseguir, uma sombra de um passado que durante um certo tempo foi a melhor coisa do mundo e eu não tive tempo de me acostumar com o fim. Compreendam, eu sou um ser humano, que pode fugir, mas não esquecer, que pode entender e mesmo assim a dor não vai passar. Algumas marcas ficam, feliz e para mim infelizmente, elas ficam.
O que eu descobri esses dias é uma chave, um segredo, uma coisa muito maior do que eu. Eu descobri que (falando abertamente) ele teve muito poder sobre mim, a minha mente, o meu coração e tudo mais que quisesse, eu me coloquei naquelas mãos e não medi as consequencias. A vida é assim, são riscos, algumas coisas dão certo, outras nem tanto, mas fugir não é o caminho. Enfim, o que eu descobri é que tudo passa, toda dor, todo sofrimento, o que fica mesmo é o que tem de bom, ou melhor, aquilo que você conquistou de bom, as pessoas que você cativou.
Hoje, refeita de tudo eu olho para trás e já não me pergunto porque. Eu não tenho mais a menor necessidade de me questionar ou questionar o destino.
Então agora, tudo o que eu quero é voltar pra minha casa, que pode não ser o melhor lugar, mas é o meu lugar. Eu volto para os amores que conquistei na dureza de cada dia. Eu volto para uma vida que me pertence e eu pretendo recuperar.
Hoje eu voltei a acreditar, acreditar que as coisas sim, podem dar certo. Acreditar que em meio a tanta coisa ruim, existe ainda um pouco de amor, ou muito amor. Eu voltei a acreditar em mim, acreditar que sou capaz e que conquistei o direito de ser feliz. Eu conquistei o direito de ser quem eu sou, quem eu quero ser e de ter a vida que eu quiser ter daqui por diante.
O que passou vai ficar perdido nessa estrada escura onde vagam tantas dores, às vezes eu vou voltar, vou lembrar, e chorar até me cansar por todas elas, mas eu sei que o crepúsculo antecede a luz do sol, e o sol está em cada um, basta saber enxergar.
Talvez seja preciso ter alguém que te faça sentir, seja amor, dor, raiva ou ternura. Eu creio que tenha alguém que me faz sentir tudo isso de uma vez só. E você?
sábado, 2 de janeiro de 2010
A ilusão se foi por si
Que não fique nada, nada de certo, nada mais errado.
Nada de nós dois, a ilusão se foi, vá com ela, eu peço.
Ah, mas era tão bonito, era como ter uma flor em meu jardim
Era como ter vida dentro de mim, depois de tanta morte.
Ah, como era lindo, abstrato, inexplicável, éramos poesia.
Nossa, de repente um dia, no meio da minha loucura eu te encontrei,
eu não te pedi o abrigo que precisava, eu não pedi nem esperei nada.
Ah, mas era amarga a solidão, era tão triste a escuridão.
E como assustava este andar sozinha,
como amedrontava este labirinto.
Mas como aflige agora tê-lo, se não o tenho.
Como já falha a minha voz ao gritar-te, e não ouves.
-Venha, me dê sua mão, me deixa guardar teu coração,
me ajuda a seguir, devolve o ar que roubou quando me beijou.
-Venha, siga-me por esta estrada, me deixa ir com você,
e levar você aonde eu for.
É que tu não ouves enquanto choro, posso me remoer de saudades.
Ah, mas a ilusão não é remédio, ela me tira do chão e me joga no abismo.
Se eu não posso ser sua, então não me chame assim.
Se eu não posso ser sua, então não me chame assim.
Isto aqui não é um jogo, meu caro, nada aqui é brincadeira.
Eu já tenho feridas demais para entrar na sua vida,
e arriscar tudo sozinha.
Vá, que a ilusão se foi por si.
Vá, se não me quer pode seguir!
Mas se ao acaso teu coração bater por mim,
ainda que esteja muito longe, ainda que seja muito tarde,
me diz que pode ser diferente.
Eu nunca soube esperar, talvez eu não deva esperar.
Mas por ti eu correria, até onde precisasse, até onde eu aguentasse.
Eu só não vou correr sozinha.
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