(Gostaria de fazer um resumo elaborado, bem feito, com toda a pompa que de certa forma o ano merecia de mim, mas é tarde, estou cansada e com sono, não sei se as palavras farão algum sentido, ainda assim não poderia deixar de escrever o ultimo texto do ano, nem poderia deixar de dedicá-lo aos que estiveram comigo em 2011).
Pois bem, nós chegamos até aqui...
Não é o fim e nem necessariamente um começo, afinal às vezes parece que os anos vão e vem e nós continuamos no mesmo lugar. Em 2011 foi essa a maior das minhas sensações e a maior das minhas frustrações também. Estar parada, diante da estrada sem poder seguir, olhar os caminhos que os outros trilhavam bem em frente a mim e permanecer intacta, sempre a margem das coisas. É difícil sentir que a vida não anda e que os dias não passam, pior é senti-los passando sem reação.
Perdi a conta das vezes em que me peguei olhando o calendário sem fazer ideia do dia, ou das vezes em que reclamei pra mim e para os outros, numa tentativa inútil de que alguém (ou eu mesma) me acordasse e me fizesse seguir a diante nem que fosse na marra. Eu perdi não só a conta, mas as horas, os momentos, as pequenas coisas, daquelas menores mesmo, que fazem com que a gente seja especial. Eu estive tão maluca que perdi os amigos por um tempo, perdi a referência e quase me deixei cair. Eu me esqueci de dar às pessoas um motivo pra gostar de mim e só me lembrei de cobra-las (internamente) a atenção e o colo que eu queria. No entanto, todos estavam ali, apenas vivendo suas vidas e seguindo, enquanto eu permanecia parada, e isso não é pecado algum, afinal a vida não para porque alguém parou.
Então, ainda que pareça clichê, eu gosto de pensar que quando se está no escuro, sempre aparece uma luz que nada mais é do que um caminho que surge e se coloca diante de nós. Estou feliz com o caminho que se fez diante de mim este ano, estou feliz por ter entendido (na marra) mais uma vez que vale à pena estar aqui.
Amanhã eu vou viajar, vou ser alegre por uns dias no meu lugar, vou sentir cada segundo pulsar como nunca e ter a certeza de que mereci esta alegria. Queria que fosse possível proporcionar à todos a esperança que eu sinto hoje, é uma pena não poder. Ainda assim, desejo que o ano que vem seja repleto de janelas abertas, dias de sol e pessoas capazes de perdoar mais e amar muito também. Que sejam pessoas mais fortes, mais seguras, mais íntegras também e que acreditem: por menores que sejam os bons momentos, eles valem à pena.
Sem mais delongas, há uma ultima coisa que gostaria de ressaltar:
Recebi este ano um cartão que mudou minha forma de pensar sobre mim, um cartão simples, impresso, sem intenção de impressionar ou de causar o impacto que causou, nele veio escrito a frase que, sem duvidas, foi a que mais me tocou neste ano: "Quando se é muito inteligente, às vezes é difícil que as pessoas compreendam."
Depois disso eu desisti de me compreender. E desisti de tentar fazer com que os outros me compreendam.
Boa noite...
E um incrível 2012.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Janela do quarto
Quantos mundos vão existir pra me atrair? Ou então quantas maldades disfarçadas? Quantas pessoas lindas, incríveis e extremamente desejáveis vão estar por aí me olhando? Às vezes tudo o que eu queria era ter nascido longe daqui, dessa busca por aparência que ofusca o que somos por dentro, dessa tristeza terrível de ser perfeito ou ser mais um, bonito ou feio, certo ou errado, mas principalmente dessa angústia de ter os olhos dos outros como espelho, de ter que ser bom para os outros mais que pra nós, de nada bastar.
Desde pequena, quando mais estou ferida, vou até a janela do quarto e olho para o céu sempre me perguntando "Quem vai me enxergar aqui, como sou?", nunca tive uma resposta, porque nunca, sequer uma pessoa me olhou como eu me vejo ou como me sinto aqui. Paro em frente à janela e me ouço chorar, espero e deixo estar, que tudo passa, e vai passando, passando, até que a gente nem se lembra porque chorou.
Então eu simplesmente não ligo de estar feia ou bonita, perdida ou achada e não ligo de estar ferida, porque dói muito mais ter que fingir que não estou.
Desde pequena, quando mais estou ferida, vou até a janela do quarto e olho para o céu sempre me perguntando "Quem vai me enxergar aqui, como sou?", nunca tive uma resposta, porque nunca, sequer uma pessoa me olhou como eu me vejo ou como me sinto aqui. Paro em frente à janela e me ouço chorar, espero e deixo estar, que tudo passa, e vai passando, passando, até que a gente nem se lembra porque chorou.
Então eu simplesmente não ligo de estar feia ou bonita, perdida ou achada e não ligo de estar ferida, porque dói muito mais ter que fingir que não estou.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
O Sol sorri
Nada como um dia de sol, um sol majestoso e radiante que ilumina e enche de paz os corações perdidos... É São Paulo, é verão e embora a combinação não pareça ser incrível, há dias, como hoje, em que cada pequena tristeza está escondida como deveria estar, e toda a felicidade possível está perdida no céu azul aonde podemos nos encontrar. Eu sei, às vezes soa confuso, mas se você fechar os olhos e viajar na cena, ou apenas se viu o céu que eu vi aqui, então entende o que eu falo. Um sol que sorria, sem confusões, sem nuvens, sem escuridão, até a noite é clara como se não houvesse um mundo cheio de problemas, trapassas, sistemas ou pressão... Por todos os lados ouvia-se música, gente cantando, dançando ou até mesmo lavando roupa, sem obrigação. Eu vi as mais belas histórias escritas neste cenário de paz, eu ouvi as canções que todos esquecemos de cantar porque estamos ocupados demais com o momento... que passa. Eu ouvi alguém dizer "Não tenha medo, não tenha pressa..." Eu vivi hoje, ao menos uma vez, não era Niterói, não era Icaraí, não tinha praia nem pra olhar - e as lágrimas caem só em pensar - mas a sensação de liberdade absoluta esteve presente no dia em que, sem querer, São Paulo inteiro foi feliz, porque ainda que as maiores tragédias tenham acontecido aqui, hoje, este céu provou que sempre pode ter algo de bom.
Então, só hoje eu fiquei bem, sem o peso de carregar a mim mesma como uma obrigação de seguir em frente sem motivos. Hoje eu sou só o que sou, sem disfarces ou fugas fáceis. E pode ser que amanhã eu volte a ser esta pessoa que reclama e se sente só, que chora e se desespera sentindo o vazio tomar conta de si, e talvez eu esqueça que a felicidade é um dia após o outro assim como a tristeza... passa. Esta esperança que me toma em devaneios e me enche de paz pode sumir, e por tão pouco tudo volta ao que era... Não importa, estou aqui, agora, e sou feliz, talvez por poder ver um dia assim, talvez por ter amor e ser amada da maneira mais pura e incondicional que pode haver ou simplesmente por existir de verdade, não como alguém que é só o que tem que ser e faz o que tem de ser feito, mas por existir: carne, ossos, feridas, cicatrizes, uma tristeza sem fim que nem ao menos posso explicar, uma cabeça que é minha como eu quero, cheia de erros e acertos também, mas a cima de tudo com uma esperança que nunca morre, e que eu sinto às vezes tão forte que me toma por inteiro e me faz acreditar que tudo é como deve ser.
Então, boa noite pra mim, que fico feliz em ler o que escrevo...
E boa noite à quem foi feliz ou triste hoje, amanhã tudo muda mesmo!
Boa noite Gênio, minha parte mais bonita...
Boa noite.
Então, só hoje eu fiquei bem, sem o peso de carregar a mim mesma como uma obrigação de seguir em frente sem motivos. Hoje eu sou só o que sou, sem disfarces ou fugas fáceis. E pode ser que amanhã eu volte a ser esta pessoa que reclama e se sente só, que chora e se desespera sentindo o vazio tomar conta de si, e talvez eu esqueça que a felicidade é um dia após o outro assim como a tristeza... passa. Esta esperança que me toma em devaneios e me enche de paz pode sumir, e por tão pouco tudo volta ao que era... Não importa, estou aqui, agora, e sou feliz, talvez por poder ver um dia assim, talvez por ter amor e ser amada da maneira mais pura e incondicional que pode haver ou simplesmente por existir de verdade, não como alguém que é só o que tem que ser e faz o que tem de ser feito, mas por existir: carne, ossos, feridas, cicatrizes, uma tristeza sem fim que nem ao menos posso explicar, uma cabeça que é minha como eu quero, cheia de erros e acertos também, mas a cima de tudo com uma esperança que nunca morre, e que eu sinto às vezes tão forte que me toma por inteiro e me faz acreditar que tudo é como deve ser.
Então, boa noite pra mim, que fico feliz em ler o que escrevo...
E boa noite à quem foi feliz ou triste hoje, amanhã tudo muda mesmo!
Boa noite Gênio, minha parte mais bonita...
Boa noite.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Post para Artur da Távola
"Abafo a angústia e a vontade de chorar. Vou depressa para a rua, onde tudo é passagem, aparência e busca, tudo é leve e fluido como a ilusão que aplaca e aliena."
A parte difícil de se viver, a que mais dói, é quando nos descobrimos sozinhos. Estamos sós e ninguém precisa lutar por ninguém. Sinto como se a vida nos unisse e em contrapartida nós tratamos de nos afastar.
Eu estou aqui, ainda, e a vida está indo como deve ser, vejo as pessoas caminhando, tudo está tão certo e a angústia de permanecer no mesmo lugar volta a atormentar, parece que ao correr em busca de uma saída eu me afundo ainda mais onde estou.
Eu não sei viver um dia de cada vez, então continuo esperando que alguma coisa aconteça e o meu grande momento chegue...
Estou aqui... Ainda.
A parte difícil de se viver, a que mais dói, é quando nos descobrimos sozinhos. Estamos sós e ninguém precisa lutar por ninguém. Sinto como se a vida nos unisse e em contrapartida nós tratamos de nos afastar.
Eu estou aqui, ainda, e a vida está indo como deve ser, vejo as pessoas caminhando, tudo está tão certo e a angústia de permanecer no mesmo lugar volta a atormentar, parece que ao correr em busca de uma saída eu me afundo ainda mais onde estou.
Eu não sei viver um dia de cada vez, então continuo esperando que alguma coisa aconteça e o meu grande momento chegue...
Estou aqui... Ainda.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Aos amigos que hei de fazer
"E a gente vai se amando, que também sem um carinho ninguém segura esse rojão."
Chico disse, e eu endosso.
Se as coisas são tão difíceis como parecem agora, se o mundo lhe espreita e se oprime ser o que é, será que vão existir aqueles que vão te salvar das coisas tristes e da falta de esperança?
Pois eis que a vida me trouxe respostas, dessas fáceis de perceber, e simples até demais, muito além das palavras que ouso e amo escrever. São respostas como cada coisa de bom que acontece com a gente: Cada céu azul, mais azul que o normal, cada estrela que sobressai, cada pequena esperança que encontra um local frio, úmido e deserto pra se enfiar, e pra mim, cada fim de tarde na Mariz e Barros, indo pro mar, sentindo o vento de Icaraí e aquele sol que não existe outro igual, ou cada vez que Chico Buarque me faz sentir uma boa cantora, uma boa pessoa e quiçá uma boa escritora também.
Sobre essas respostas e a partir delas é que esse mundo que destrói, desanima, derruba e fere a todos nós me parece uma realidade válida, da maneira mais irônica e contraditória até boa de se viver, assim como os contratempos, as desventuras, os labirintos e tantos desencontros tem sido bons para nos mostrar quem somos e aonde podemos chegar.
E se a vida nos tem sido tão cruel e chegar até aqui, foi, a cima de tudo uma questão de sobrevivência, se apesar de termos tudo ainda nos falte força às vezes, e se tanta coisa bonita também custa tão caro, então cada dia é uma vitória a mais.
E é nesta noite meio fria, mais uma em que estou de frente à mim mesma, tão sozinha comigo, que insisto em me lembrar que vão existir pessoas por mim, e eu vou existir por elas. Será que só isso já não basta?
Então...
"Eu já não posso caminhar, caminhe por mim...
Se eu me cansar no caminho, respire por mim."
Aos velhos, novos, grandes amigos. Aos perdidos, que se encontrem, aos achados que se unam, para que possamos lembrar das músicas que ouvíamos, e dos lugares por onde passamos juntos.
Às enormes distâncias, encontros.
À mim, algum sentido pra estar aqui.
E finalmente, sempre fora do comum, ainda perdida, talvez com todas as esperanças escondidas em algum lugar que não encontro, eu tenho sempre aqui comigo alguma palavra boa de se dizer, e bonita de se ouvir... Aos amigos que ainda hei de fazer.
Chico disse, e eu endosso.
Se as coisas são tão difíceis como parecem agora, se o mundo lhe espreita e se oprime ser o que é, será que vão existir aqueles que vão te salvar das coisas tristes e da falta de esperança?
Pois eis que a vida me trouxe respostas, dessas fáceis de perceber, e simples até demais, muito além das palavras que ouso e amo escrever. São respostas como cada coisa de bom que acontece com a gente: Cada céu azul, mais azul que o normal, cada estrela que sobressai, cada pequena esperança que encontra um local frio, úmido e deserto pra se enfiar, e pra mim, cada fim de tarde na Mariz e Barros, indo pro mar, sentindo o vento de Icaraí e aquele sol que não existe outro igual, ou cada vez que Chico Buarque me faz sentir uma boa cantora, uma boa pessoa e quiçá uma boa escritora também.
Sobre essas respostas e a partir delas é que esse mundo que destrói, desanima, derruba e fere a todos nós me parece uma realidade válida, da maneira mais irônica e contraditória até boa de se viver, assim como os contratempos, as desventuras, os labirintos e tantos desencontros tem sido bons para nos mostrar quem somos e aonde podemos chegar.
E se a vida nos tem sido tão cruel e chegar até aqui, foi, a cima de tudo uma questão de sobrevivência, se apesar de termos tudo ainda nos falte força às vezes, e se tanta coisa bonita também custa tão caro, então cada dia é uma vitória a mais.
E é nesta noite meio fria, mais uma em que estou de frente à mim mesma, tão sozinha comigo, que insisto em me lembrar que vão existir pessoas por mim, e eu vou existir por elas. Será que só isso já não basta?
Então...
"Eu já não posso caminhar, caminhe por mim...
Se eu me cansar no caminho, respire por mim."
Aos velhos, novos, grandes amigos. Aos perdidos, que se encontrem, aos achados que se unam, para que possamos lembrar das músicas que ouvíamos, e dos lugares por onde passamos juntos.
Às enormes distâncias, encontros.
À mim, algum sentido pra estar aqui.
E finalmente, sempre fora do comum, ainda perdida, talvez com todas as esperanças escondidas em algum lugar que não encontro, eu tenho sempre aqui comigo alguma palavra boa de se dizer, e bonita de se ouvir... Aos amigos que ainda hei de fazer.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Sabe quando a gente quer se esconder da gente? Quando é preciso se perder por um caminho estranho que nos leve pra um rumo diferente, um rumo meio "Alice", um rumo alternativo pra uma vida toda planejada por alguém?
Eu quero me perder de mim, da vida que inventaram, de um destino que não é meu e dessa sensação de impotência e fraqueza diante de tudo.
Eu não quero viver uma vida de ressacas morais e dores de cabeça, não quero viver em meio a tanta gente hipócrita, num lugar onde só o que conta é a aparência, onde eu não valho mais. Eu não quero continuar a ser sempre a boa amiga para quem vira as costas e se esquece do que significa carinho, atenção e cuidado.
Aí eu fico pensando se nasci no tempo certo ou se não estou completamente enganada pelo relógio. Se eu não sou daquele tipo que luta mais do que tudo e se deixa sangrar por inteiro a cada batalha. Fico pensando se eu não sou dessas que poderia viver no tempo de meu avô, quando ainda existiam sonhos possíveis, amizades que enfrentavam tudo e iam além do infinito, amores que se amavam mesmo em meio a loucura de se correr tanto...
Está tudo errado, o tempo, o vento contrário, a falta de esperança, tudo. Estamos perdendo cada detalhe do que é ser feliz de verdade, além das festas, além de sorrisos, será que sabemos ainda o que é a felicidade de poder chorar para um amigo? Será que nos lembramos do que é ter um amigo? Aquele que te vê sem maquiagem, rasgado, quebrado e ainda assim te reconhece.
Todos os dias eu vejo alguma "Felicidade" ensaiada em sorrisos e abraços, acabar com grandes histórias da amizade de pessoas que lutam, e sabem correr por alguém. Todos os dias eu vejo festas, baladas, tantas fotografias acabarem com dias de sol, fazendo deles um inferno em remédios. Todos esses dias estão passando, aqui e ali, e não há presente nem futuro, não há verdade, somos apenas grandes tolos.
E ainda que eu mesma chegue a hesitar um pouco, sei que ali em frente existe algo grande, diferente e incrível esperando por mim, algo que eu só preciso aprender a merecer, e aí então tudo passa a fazer sentido.
Eu acredito nisso, mais que tudo, e é claro que escrever não é muito para alguns, mas além de ser tudo o que faço com mais amor, cada linha é escrita com a minha mais pura verdade.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Feliz Cumpleaños!
Bem, eu não sou boa em dar presentes. O escritor é tão envolvido-perdido em seus escritos que o único e melhor presente de aniversário que pensa em dar a alguém especial é... outro texto!
Pois bem, Felipe, perdoe esta pobre criatura que lhe escreve, perdoe não ter nada além de algumas palavras a oferecer.
Resta em mim um desejo pequeno de fazer brotar um sorriso qualquer em seu rosto doce... Nele se encontram alguns dos meus segredos, que eu mesma só descobri depois de tê-lo ali em frente, tão perto que eu quase podia tocar.
Eu me descobri, um falar manso, calmo, um passo desacelerado. Me descobri alguém capaz de fazer crescer algo de bom dentro de uma pessoa tão diferente, tão cheia de verdades alheias às minhas.
Foi-se o platonismo e ficou um amor real, tão real que me pego às vezes pensando como seriam os meus dias se tudo fosse mais perto... Se eu não seria melhor, ou diferente. Se não seria mais fácil, menos voluntariosa.
Enfim, é um amor tão perturbado, tão nebuloso, tão cheio de vontades próprias que me ignoram, que chega ser difícil pôr no papel (só eu sei os dias que passei em claro tentando escrever)... Faltam palavras, e pensei "E agora?"
E agora, o que é que eu faço pra mostrar a ele as imagens que me vem em mente, de uma história inteira por vir?
E agora, o que eu faço pra dar a ele um pouquinho do gosto doce que sinto ao pensar em flores, campos, praças e o lugar em que habita, sem nem ao menos saber como é?
Como eu faço pra dar um pedaço da felicidade que ele por tão pouco esforço têm dado a mim?
Quem mais vai enxergar em mim uma "Catuxa"?
Quem mais vai enxergar a menina que há tanto se foi?
Quem mais vai me olhar com queles olhos brilhantes de tanta inocência, e procurar me entender em vão? Quem com os batimentos acelerados assim?!
Quem mais será capaz de uma maturidade tão assustadora pra mim?
O pensamento de quem mais me importará assim?
Eu procurei sempre por certezas, e eis uma das poucas que tenho: Enquanto ele existir sei que não estarei sozinha, sei que terei alguém por mim, um ser capaz de amar e proteger muito além do que sonho, e muito perfeito para o que necessito.
Felipe, eu não quero ser nada além do que sou. Na verdade eu não quero ser diferente. Gosto de pensar que você tem alguém que vai te mostrar que tudo sempre tem dois lados. Por que pra mim, o Inferno é aqui mesmo, e não é tão ruim.
Eu quero ser apenas um pouco do que você precisa, só alguém que te faça rir, só uma resposta alternativa para todas as suas perguntas...
E então, se estiver aí perdido, precisando de um abraço que não sufoque, de uma palavra que liberte ou uma bobagem qualquer, sabe aonde encontrar, sabe que sempre vai ter de mim o melhor que eu puder oferecer.
Poucos vão me conhecer como você conhece, e com certeza apenas você vai ter de mim uma "Catuxa" com toda a pompa e circunstância que merece o apelido!
E caso ainda não tenha notado...
NOTA: Eu amo você, Felipe.
Pois bem, Felipe, perdoe esta pobre criatura que lhe escreve, perdoe não ter nada além de algumas palavras a oferecer.
Resta em mim um desejo pequeno de fazer brotar um sorriso qualquer em seu rosto doce... Nele se encontram alguns dos meus segredos, que eu mesma só descobri depois de tê-lo ali em frente, tão perto que eu quase podia tocar.
Eu me descobri, um falar manso, calmo, um passo desacelerado. Me descobri alguém capaz de fazer crescer algo de bom dentro de uma pessoa tão diferente, tão cheia de verdades alheias às minhas.
Foi-se o platonismo e ficou um amor real, tão real que me pego às vezes pensando como seriam os meus dias se tudo fosse mais perto... Se eu não seria melhor, ou diferente. Se não seria mais fácil, menos voluntariosa.
Enfim, é um amor tão perturbado, tão nebuloso, tão cheio de vontades próprias que me ignoram, que chega ser difícil pôr no papel (só eu sei os dias que passei em claro tentando escrever)... Faltam palavras, e pensei "E agora?"
E agora, o que é que eu faço pra mostrar a ele as imagens que me vem em mente, de uma história inteira por vir?
E agora, o que eu faço pra dar a ele um pouquinho do gosto doce que sinto ao pensar em flores, campos, praças e o lugar em que habita, sem nem ao menos saber como é?
Como eu faço pra dar um pedaço da felicidade que ele por tão pouco esforço têm dado a mim?
Quem mais vai enxergar em mim uma "Catuxa"?
Quem mais vai enxergar a menina que há tanto se foi?
Quem mais vai me olhar com queles olhos brilhantes de tanta inocência, e procurar me entender em vão? Quem com os batimentos acelerados assim?!
Quem mais será capaz de uma maturidade tão assustadora pra mim?
O pensamento de quem mais me importará assim?
Eu procurei sempre por certezas, e eis uma das poucas que tenho: Enquanto ele existir sei que não estarei sozinha, sei que terei alguém por mim, um ser capaz de amar e proteger muito além do que sonho, e muito perfeito para o que necessito.
Felipe, eu não quero ser nada além do que sou. Na verdade eu não quero ser diferente. Gosto de pensar que você tem alguém que vai te mostrar que tudo sempre tem dois lados. Por que pra mim, o Inferno é aqui mesmo, e não é tão ruim.
Eu quero ser apenas um pouco do que você precisa, só alguém que te faça rir, só uma resposta alternativa para todas as suas perguntas...
E então, se estiver aí perdido, precisando de um abraço que não sufoque, de uma palavra que liberte ou uma bobagem qualquer, sabe aonde encontrar, sabe que sempre vai ter de mim o melhor que eu puder oferecer.
Poucos vão me conhecer como você conhece, e com certeza apenas você vai ter de mim uma "Catuxa" com toda a pompa e circunstância que merece o apelido!
E caso ainda não tenha notado...
NOTA: Eu amo você, Felipe.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Novos dias.
Renasceu um dia bonito ao meu redor. Um dia cálido, com o céu cheio de azul...
Hoje tudo tem mais cor, tudo é tão perfeito, tudo gira em torno de alguma palavra de amor.
Nada que pesa, nada que oprime, nada vai tirar o sorriso do meu rosto, nada. As unhas coloridas, as roupas tão leves, os cílios que se ofuscam pelo brilho dos meus olhos. Todas as coisas mudam, o mundo muda, a roda gira, e tudo o que foi bom volta, como que por encanto.
Hoje eu só quero sorrir, perdoar, mostrar que ainda existe quem seja capaz da esperança nesse mundo, ainda que uma esperança fugidia. Hoje eu só quero me fazer feliz...
Por quantos pecados já me castiguei perdi a conta. De quantos olhares eu fugi, também já nem sei.
Tudo o que eu quero acreditar é que a minha alegria é capaz de transformar os corações assim como transformou o meu. Que tudo há de se ajeitar sem que se precise correr tanto.
Sem pressa, sem tanto medo, há tanto tempo e tanta vida aí em frente.
Eu descobri três coisas importantes sobre mim nesse mês que passou:
1- Eu gosto muito mais de brigadeiro do que pensei!
2- Eu quero escrever pro resto da vida, que ainda que ninguém leia é o que me faz mais feliz.
3- Existe uma pessoa nesse mundo que é pra mim, e não importa, a vida muda mesmo, a gente muda, o que não mudou nesse tempo é o amor que sentimos.
O Gênio que me descobre todos os dias, e que diz se apaixonar por mim mais uma vez a cada texto novo, é a prova de que existem pessoas verdadeiramente boas e capazes de seguir em frente.
Hoje tudo tem mais cor, tudo é tão perfeito, tudo gira em torno de alguma palavra de amor.
Nada que pesa, nada que oprime, nada vai tirar o sorriso do meu rosto, nada. As unhas coloridas, as roupas tão leves, os cílios que se ofuscam pelo brilho dos meus olhos. Todas as coisas mudam, o mundo muda, a roda gira, e tudo o que foi bom volta, como que por encanto.
Hoje eu só quero sorrir, perdoar, mostrar que ainda existe quem seja capaz da esperança nesse mundo, ainda que uma esperança fugidia. Hoje eu só quero me fazer feliz...
Por quantos pecados já me castiguei perdi a conta. De quantos olhares eu fugi, também já nem sei.
Tudo o que eu quero acreditar é que a minha alegria é capaz de transformar os corações assim como transformou o meu. Que tudo há de se ajeitar sem que se precise correr tanto.
Sem pressa, sem tanto medo, há tanto tempo e tanta vida aí em frente.
Eu descobri três coisas importantes sobre mim nesse mês que passou:
1- Eu gosto muito mais de brigadeiro do que pensei!
2- Eu quero escrever pro resto da vida, que ainda que ninguém leia é o que me faz mais feliz.
3- Existe uma pessoa nesse mundo que é pra mim, e não importa, a vida muda mesmo, a gente muda, o que não mudou nesse tempo é o amor que sentimos.
O Gênio que me descobre todos os dias, e que diz se apaixonar por mim mais uma vez a cada texto novo, é a prova de que existem pessoas verdadeiramente boas e capazes de seguir em frente.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Honesto, é ser honesto consigo.
Eu passei por tantos labirintos antes de me encontrar, passei tanto tempo esperando pelo momento a vir, e de repente o que eu sou não basta. Não basta para que gostem de mim, para que a minha cinta-liga ou minhas roupas não incomodem ninguém, para que deixem de me olhar como qualquer coisa descontrolada, perdida... Não basta para que me olhem verdadeiramente nos olhos e queiram me conhecer, saber o que eu tenho ou não a oferecer.
Você simplesmente espera que te achem interessante pelo caráter e pela bondade que sabe que tem, que leiam o que você escreve e que te ouçam cantar Chico Buarque depois de umas doses e umas risadas a mais. Para você isso tudo é tão normal, que nas suas lágrimas ao pôr do sol na Avenida Paulista, e nos seus pensamentos mais fundos não encontra razão para que sua verdade e simples existência sejam tão ofensivas para alguns.
É tão bonito quando, mesmo sem tempo algum, de repente você tem um amigo de infância, que te ouve e ri das tuas bobagens pequenas, num passeio sem excessos, ou uma noite qualquer por aí, jogados pela Consolação, ou qualquer outro lugar. No meu mundo, tão cedo todos são cheios de sorrisos e abraços que te libertam e não oprimem que às vezes eu me esqueço das diferenças.
Existem tantas portas fechadas, e apenas um caminho, que no final das contas sempre é ser o que é. Sem rodeios, sem mais máscaras, sem disfarces, sem medo de se mostrar, de que adianta gostarem da tua mentira? É por isso que mais uma vez essa imagem de segurança e indiferença me cansou. Eu não sou bonita vinte e quatro horas por dia, como eu gosto tanto que pensem. Não sou interessante ou sensual, e eu trocaria todas as noites intermináveis e divertidas cheias de liberdade em garrafas e cigarros por uma só vez poder ouvir meu grande amor dizer qualquer palavra, cantar qualquer estrofe de qualquer canção que fosse, olhando para mim.
Meus olhos mudam de cor assim como eu me transformo dependendo do dia e do sol. Todas as coisas vão se transformando, e me disseram que quando uma luz se acende todo mundo percebe. Eu posso ser mil, e não existe outra igual - Como já dizia meu grande amor.
Minhas mãos são as mesmas mas eu mudo de esmalte quase todos os dias, apenas para me encher de cor.
O meu rosto ainda é o mesmo, ainda que eu mude a cor do blush, da sombra, ou até o formato da sobrancelha.
Eu posso ser diferente, e não muda o fato de que quase sempre, em quase todo lugar vai ter alguém a quem a minha simples presença vai ferir. O que mata é que não haja bem uma maneira de mudar isso. Não há bem uma maneira de fazer sempre tudo certo, e quem é que diz o que é certo mesmo?
domingo, 10 de julho de 2011
Paz no Mundo de vocês.
"De perto toda coisa linda mostra algum defeito, e eu me sinto igual."
Num mundo onde tantas pedras lhe atiram, onde tantas facas lhe apontam, e com tanta violência reagem à sua simples existência, você não pode errar. Então não erre.
Que direito você tem de escolher a estrada errada? De dizer a coisa errada? De errar com a vida de alguém, se o erro constante com a sua própria vida já te torna menor?
Que direito se tem, no mundo em que se vive, de proferir qualquer frase fora do tom?
A grande questão, que descobri sem muito esforço, é que a culpa não redime ninguém! Nada muda porque você se castiga noite e dia, ou porque lhe castigam também. Nada muda se não mudar por dentro, e isso ninguém é capaz de controlar.
Nesses dias que se foram, e com eles tanta dor também, a lição mais valiosa que ficou foi de que não se pode julgar o que acontece dentro dos outros, não se pode pedir que voltem atrás ou peçam perdão, no fundo, cada um sempre sabe de si, e nós, nunca saberemos de ninguém.
E se hoje, ao invés de pedras e armadilhas eu estendesse a mão a quem precisa mais que eu? E se eu pedisse perdão pelo que fiz, mas também por tudo que não fiz?
Finalmente, eu não sou feliz nem triste... Mas estou em paz, e é também o que desejo ao mundo de hoje. Até mesmo você, que não imagina, e que por ventura há de pensar que lhe quero mal, o que na verdade, não passa de uma ideia... que não existe.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
"Tu prefieres luz, yo que caiga el sol."
"Ela encontrava um quadro que não tinha muita solução
Se achava velha, muito nova, gorda ou muito feia
Sempre inadequada pra situação"
Apresento-lhes uma pessoa!
Ser humano; carne; pele; coração. Corpo- alma- pecado- perdão?
Apresento mulher; menina. Grande-pequena-extrema-intensa... Defeitos variados!
Uma Corah- Coração aos pedaços-Cacos.
E todos os dias ela se pergunta o que tem a oferecer.
Existe um coração que suporte o seu amor?
O seu próprio, suportará?
Eis que chega um dia, na vida de cada um- Na sua, caro leitor, este dia chegará também- O dia em que a pergunta vaga nos pensamentos e ecoa aos ouvidos: Quem sou eu? - Quem é que está refletida no espelho?
[...]
Para tantas perguntas silêncio perpétuo.
E vejo por aí tantos corações, tantos esperando uma resposta sequer, tantos destroçados-partidos, perdidos. Tantos para os quais meu coração serviria.
Pois eis que digo, corações, não chorem por aí, que o meu amor é grande e é pena não poder dividir.
E ainda sabendo que conselho bom não se dá, eu digo, por experiência-demência: Não há que esperar o coração puro por nada. Não há de ficar só, a beira da estrada, quando ali em frente existe caminho. O tempo passa e sem razão afasta a gente, e é tarde.
A frase mais triste que existe, apresento: "É tarde demais."
Meu coração descobriu no medo um refugio traiçoeiro: Se sentiu seguro, inteiro, e de repente... Era tarde demais. Mais sábio que antes hoje corre, e sabe que existe um sol, ainda que não possa vê-lo.
Correis, coração partido, que para todo amor bonito, distância nenhuma existe.
[...]
Apresento-lhes Corah, de Gênio, de amor sem fim, de presenças muito mais que de ausências, como diria Grande Artur da Távola- meu mestre.
Apresento-lhes ser pensante; errante; perdido-achado.
Apresento-lhes o que sou eu:
Um coração quebrado, capaz de olhar para trás, de correr por seu amor, mesmo depois de tanto errar. Capaz ainda de amar fundo, fiel e verdadeiramente.
E amanhã é outro dia... Saravá!
domingo, 3 de julho de 2011
O que não me mata...
Você vive repetindo pra si mesmo "Sou forte", tenta se convencer disso, noite e dia. Faz mandinga, promessa, pedido, enche o pobre do santo, tudo isso pra não ter que desistir. Quando a força lhe falta, pensa que tem alguém ou alguma coisa capaz de ser forte por você.
É bom acreditar na vida não é mesmo? É bom ter uma esperança qualquer no fim do túnel, por mais amarga que seja a caminhada, é natural da gente não querer ver o fim.
Estou com uma raiva enorme me tomando, e não quero me acalmar, nem sujar de coisa ruim qualquer texto que me fizesse um pouco feliz. Este sentimento de impotência ainda vai me dar forças.
Então, sem mais lamentar, sem mais textos, até que eu possa oferecer algo de útil de se ler. Sem medo de levantar e passar por cima de qualquer obstáculo que tente me parar. Vai doer muito mais no mundo que em mim, nada mais vai me ferir.
Então eu vou esperar, que alguma hora eu vou levantar desta cama, e vai ser sozinha, como sempre foi, como é preciso. Sem "forcinha", sem ajuda, sem mãos que puxam pro abismo, aí eu vou poder olhar pra trás, ver o rastro de destruição que ficou, e me orgulhar de que ninguém mais me derruba nesta vida. Agora sou eu quem destrói, cansei de sentar e esperar que alguém faça por mim qualquer coisa.
Estamos sós, somos pequenos, sim. Cada um sabe de si, e cada um segue em frente como pode.
Cansei de ser melhor para os outros, e nunca bastar pra mim. De hoje em diante, eu conto comigo.
É bom acreditar na vida não é mesmo? É bom ter uma esperança qualquer no fim do túnel, por mais amarga que seja a caminhada, é natural da gente não querer ver o fim.
Estou com uma raiva enorme me tomando, e não quero me acalmar, nem sujar de coisa ruim qualquer texto que me fizesse um pouco feliz. Este sentimento de impotência ainda vai me dar forças.
Então, sem mais lamentar, sem mais textos, até que eu possa oferecer algo de útil de se ler. Sem medo de levantar e passar por cima de qualquer obstáculo que tente me parar. Vai doer muito mais no mundo que em mim, nada mais vai me ferir.
Então eu vou esperar, que alguma hora eu vou levantar desta cama, e vai ser sozinha, como sempre foi, como é preciso. Sem "forcinha", sem ajuda, sem mãos que puxam pro abismo, aí eu vou poder olhar pra trás, ver o rastro de destruição que ficou, e me orgulhar de que ninguém mais me derruba nesta vida. Agora sou eu quem destrói, cansei de sentar e esperar que alguém faça por mim qualquer coisa.
Estamos sós, somos pequenos, sim. Cada um sabe de si, e cada um segue em frente como pode.
Cansei de ser melhor para os outros, e nunca bastar pra mim. De hoje em diante, eu conto comigo.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Inalcançável...
"Sólo fue un error, un tremendo error
Dime por favor que aún existe amor
Pelearé por ti, pagaré todo tu dolor"
Suponho ter perdido a conta dos textos frágeis que escrevi... Frágeis para não dizer fracos, porque toda essa suposta coragem que me toma em rompantes é apenas uma tola tentativa de mostrar à alguém que eu sei seguir em frente. Adivinha?! Não, não sei.
De repente aí está o meu coração, cheio de feridas fundas que me dão medo só de olhar, aí está a minha única certeza arrancada e partindo desde a noite que passou. Arrancada sim, sob protesto e muito relutar de minha parte.
Eis que num instante aquela noite tenebrosa foi passando, passando... Eu não acordei. Pelo que me lembre tem dois dias que eu não acordo, afinal, como pode-se acordar sem ver a luz do dia? Permaneço em sono profundo, pois no meu sonho somos nós, como naquela vez em que deitados ele me disse, cheio de medos "eu amo você". A frase ecoou nos meus ouvidos por tanto tempo, e mesmo depois de ter sido repetida um milhão de vezes, é desta vez que me lembro mais.
Terei de me furtar a explicar o turbilhão que se formou em nossas vidas, é um dia difícil e eu sei que será só mais um, o que não sei é como foi que tudo aconteceu, ou em que momento o perdi, não sei mais pedir perdão ou voltar atrás porque desta vez, ainda que tenha dito com toda sinceridade do meu coração, ele não acreditou. É um direito de cada um, e eu sei que o meu amor é ainda muito cheio de defeitos. Talvez eu não seja a pessoa sensata e equilibrada de que ele tanto precisa, mas olha que tenho dado boas provas à mim mesma de que posso ter algo de tranquilo, e me basta.
Eu já havia dito que a vida é um imenso tormento sem o amor, mas depois de tanto viver e soltá-lo de meus braços, ainda hoje amando mais que minha própria existência eu digo, com toda convicção: A vida é um eterno tormento sem o seu amor.
Aí me lembro de tantas canções que poderia cantar para amansar o seu amor, e me falha a voz.
Me lembro das frases mais belas que talvez - doce ilusão- tocassem seu coração lá no fundo, mas não tem nada que mude os meus erros, e eu entro em transe cada vez que tento explicar a mim mesma o motivo de cada um deles. Encontrei, porém uma música simples, alegre, latina, e não era o que eu queria pois já havia me servido de trilha sonora numa época bem menos complicada que agora, foi apenas o que consegui...
Então, meu amor, "Eu fui um erro, um grande erro, e me diga por favor que ainda existe amor. Eu lutarei por você e vou pagar por toda a sua dor".
Eu quis acreditar, mais uma vez que ir embora era mais fácil, e não fui.
Quer saber? Podem falar, e falam. Do quanto é burra qualquer mulher que tenha o que tive, e não saiba preservar. Eu não escuto mais, porque acreditem, escutar machuca e eu já não tenho cabeça nem para levantar da cama... Não importa, daqui, de pé, no chão, onde for, é do meu amor que alguém vai lembrar, numa fotografia, num texto, meu texto ou de uma pessoa melhor do que eu, numa simples tarde que cai com a certeza de que ainda tem alguma coisa para acontecer, porque os erros estão aí, hoje, amanhã, depois e vão estar todos os dias, a grande questão é que um amor só pode ser definido pelo que de real ou imaginário acontece ali, dentro do espaço que pode ser só de dois seres, e a minha certeza, a que me mantém viva é de que fiz feliz, muito feliz, e ainda sou capaz de fazer à uma unica pessoa. E aviso aos navegantes, que essa história de que um ser é capaz de fazer outro feliz sem ama-lo é pura balela. Nesse meio tempo eu não fiz ninguém feliz, nem a mim, e não quero fazer, não vou fazer, pois há apenas um amor importante e que me interessa, até o momento eu não desisti de vivê-lo, ainda que tenha me forçado, por tantas vezes acreditar no contrário.
... É que uma noite dessas, não tão distante, eu ria totalmente entorpecida de amor e dizia "vamos fazer amor num gato felpudo quentinho de sol", e pode parecer ridículo, mas aposto que é uma grande frase de amor, que facilmente seria lida por Artur da Távola, minha grande inspiração romântica.
Vamos lá, lembre-se de saber voltar atrás, só a gente sabe quando a história termina, e amor nenhum tem que terminar assim.
Por fé, e por um restinho de esperança apaixonada. Afinal, eu parei de achar que é coisa de Artur falar do amor como coisa inalcançável, desculpe, mas eu também estou precisando falar!
domingo, 26 de junho de 2011
"No final dá tudo certo de algum jeito."
Suportando as colisões, as quedas e até as possíveis perdas.
A realidade está ali fora batendo na porta e talvez eu a esteja deixando entrar.
O próximo passo é ouvir o que me disseram alguma vez: "Não se desespere atrás de uma saída, ela existe, e tudo se acerta de um jeito ou de outro sem que você perceba."
Vamos lá, mais uma vez, seguir a diante, eu já fiz isso antes, mais quebrada que agora...
Eu juro que achei que tinha cansado da solidão e de pesar duzentos quilos "de grilos" nas costas, acho que não, eu não deixei de me sentir sozinha e nem joguei para o alto todos os benditos grilos da minha vida.
Mais uma vez será um esforço de fora para dentro, mudar tudo, outra vez, descobrir um novo caminho, uma nova aventura, ainda que desventurada. Finalmente é preciso andar por novas ruas. Confesso ser cansativo às vezes conviver com essa minha própria necessidade de mudanças drásticas.
Enfim, esse "textinho" nem foi nada elaborado, só um modo de registrar os fatos que seguem, pra que eu me lembre de ter uma esperança nos dias de mais absoluto inverno, solidão e dificuldade.
Eu vou seguir em frente... Não, antes eu vou esquecer, e viver, ainda que só uma vez, para mim.
Bom dia de ressaca, e de uma vida nova.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Desapareça.
Eu não leio nada, não vivo nada, não sou mais nada.
O amor mais delicado se tornou o mais difícil e depois dele será que todo amor há de ser ilusão? Ainda que falem (e falam) eu sigo, a ilusão não precisa ser de todo ruim. Algumas horas, umas conversas aqui, outras ali. O meu problema é este maldito humanizar cada relação ilusória, é aí é que dá-se com a cara e o coração de novo no solo. Como se já não me bastasse o desastre de ver um amor maior que o mundo inteiramente triste. Mas amor é só para o bem, uma sábia dizia. E deveria, será que é o meu modo de amar que destrói tudo? Não me pergunte.
E eu que era triste antes de amar, hoje sou infeliz por inteiro em minha procura incessante por respostas. Por que, oh Deus? Por que fizeste de nosso amor este caos? Será que amar não basta, ou sou eu? Apenas eu.
De todas as coisas da vida acho que esta busca será para sempre a mais cruel.
Passa-se por cima das dores que lhe causam, cada arranhão, cada chute, cada empurrão.
Passa-se por cima de cada palavra de fúria, ódio ou desamor.
Passa-se enfim, por cima de cada desilusão e a fé sempre volta ainda que escondida, presa à velhos medos, ou cheia de insegurança. Caia, sim, e depois levante-se, com o mesmo olhar fixo no horizonte aonde vai chegar. Caia, mas saiba se levantar forte, firme, convicto.
[...]
A outra face da dor, a desventura, a falta de sonhos, a perda da esperança, toda a amargura.
É só mais um dia -Penso - Só mais um dia, e ao final tem sempre uma noite que recupera cada lágrima ou suor. Acontece que as noites tem sido raras, e de longos pesadelos que me atormentam até o dia clarear. E nem bem clareia é hora de enfrentar tudo de novo. Eu queria dizer que sou forte. Mais uma vez! Como eu queria dizer que posso com tudo isso. Cada dia um novo engano, todo dia uma nova violência do mundo, que vai ficando mais intensa, me jogando contra as paredes do meu próprio ser, e me fazendo enxergar, e mais, viver novamente os dias de terror e morte que há tanto se foram. Só eu sei quanto dói levantar, o quão fraca estou, inteiramente vazia, repleta de ausências cortantes, totalmente entregue.
[...]
Até meus textos ficaram mais egoístas, os assuntos deixaram de ser para quem lê, os temas hoje estão todos em volta da minha completa insignificância. Será que pode um escritor ser mais medíocre ou mais egoísta? Sinceramente eu não sei. Tudo que posso fazer é pedir perdão à quem me lê, ou rezar para que simplesmente não leiam. Ironia? Eu sei.
Talvez ser lida seja a única porta para a liberdade ou o entendimento, eu não sei.
Boa noite, dos sonhos mais belos que eu possa imaginar para cada pessoa capaz de seguir em frente. Quanto a mim, não ouso ir tão longe, não quero sonhar, só dormir, e no meu mundo desaparecer...
Para sempre, se possível.
sábado, 21 de maio de 2011
"O mundo é cheio de problemas pequenos"
Pelo inferno que têm sido chegar até aqui.
Pelo tormento de uma vida "meio" vivida.
Pela maldita (bendita) vida que me aguentou até aqui!
Hoje eu não vou falar de coisas tristes, nem pedir perdão pelos erros malucos e ousados que cometi. Hoje eu não vou pedir abrigo, apoio, consolo, o escambal. Hoje eu só vou chorar com emoção, pelo sol à nascer amanhã.
Nesta vida já havia aquele que por meio de uma promessa me fez ficar aqui, já havia aquele que me ensinou o que é importante, e já havia também uma obrigação - minha, para com ele.
Agora, há também (em vida- inevitável e intensamente vivida, por sinal) um ser capaz de me fazer olhar fundo dentro de mim e me encontrar na mais profunda escuridão. À ele eu dedico só mais um dos meus textos, apenas as minhas palavras simples, e toda a minha admiração.
- Boa noite, e o bom dia que eu não vou lhe dizer pela manhã quando acordares. Bom dia de luz, bom dia de sol (ainda que com chuva) e principalmente, um sorriso qualquer, não importa o quão difícil seja a sua batalha, eu só quero saber que você sorriu no fim do dia.
Menos pressa; não se afobe; mais conforto; mais consolo e mais coragem.
"Luta e serás livre na vida."
Ah! Já me disseram que a vida valia à pena, e eu, por falta de opção, acreditei.
Hoje, você me fez ver o que eu acreditava sem saber: A vida vale à pena. Vale por tudo o que eu acredito, por cada livro que eu ainda vou ler, ou cada lágrima que eu possa derrubar. Enquanto meus pés sustentarem o peso do corpo e pisarem o chão da minha terra, eu vou estar aqui, por mim, por tudo, e por você também.
Boa noite, caro amigo...
Tim!
Pelo tormento de uma vida "meio" vivida.
Pela maldita (bendita) vida que me aguentou até aqui!
Hoje eu não vou falar de coisas tristes, nem pedir perdão pelos erros malucos e ousados que cometi. Hoje eu não vou pedir abrigo, apoio, consolo, o escambal. Hoje eu só vou chorar com emoção, pelo sol à nascer amanhã.
Nesta vida já havia aquele que por meio de uma promessa me fez ficar aqui, já havia aquele que me ensinou o que é importante, e já havia também uma obrigação - minha, para com ele.
Agora, há também (em vida- inevitável e intensamente vivida, por sinal) um ser capaz de me fazer olhar fundo dentro de mim e me encontrar na mais profunda escuridão. À ele eu dedico só mais um dos meus textos, apenas as minhas palavras simples, e toda a minha admiração.
- Boa noite, e o bom dia que eu não vou lhe dizer pela manhã quando acordares. Bom dia de luz, bom dia de sol (ainda que com chuva) e principalmente, um sorriso qualquer, não importa o quão difícil seja a sua batalha, eu só quero saber que você sorriu no fim do dia.
Menos pressa; não se afobe; mais conforto; mais consolo e mais coragem.
"Luta e serás livre na vida."
Ah! Já me disseram que a vida valia à pena, e eu, por falta de opção, acreditei.
Hoje, você me fez ver o que eu acreditava sem saber: A vida vale à pena. Vale por tudo o que eu acredito, por cada livro que eu ainda vou ler, ou cada lágrima que eu possa derrubar. Enquanto meus pés sustentarem o peso do corpo e pisarem o chão da minha terra, eu vou estar aqui, por mim, por tudo, e por você também.
Boa noite, caro amigo...
Tim!
sexta-feira, 20 de maio de 2011
"Uma ilusão atrevida"
Agora de manhã, em meio à minha ressaca de loucuras e a minha dor de cabeça tocava essa música "Verdade chinesa" no som do carro. Eu não queria prestar atenção em nada, só dormir e não acordar, por que será que eu sempre acho que vou me controlar e acordo arrependida?
Eu queria um vinho, neste frio, ia me esquentar os ânimos e me abrir um sorriso, mas no fim das contas eu é que estava certa de ficar longe de tudo o que me tire a lucidez. Ainda tropeço, mas com o tempo aprendo, e eu chego lá!
Mas voltando a falar do que vim falar, é o seguinte: Ilusão atrevida. Isso ficou girando em minha mente junto à dor que eu tinha e me fez pensar em tantas coisas. Eu andava certa do que não queria (nunca estive certa do que queria) e andava tão infeliz que nem notei, como se fosse normal. Espera, normal? Como é que infelicidade pode ser normal? Como é que mediocridade pode ser normal?! MEDÍOCRE! É essa a palavra pra descrever os meus últimos dias. É tudo tão claro e só eu que não vi, como fui perdendo a beleza e o brilho nos olhos. Fiquei feia, verdadeiramente feia, e ainda tão preocupada com o exterior, fiquei magra de não comer, morta por fora, e por dentro ausente, fechada para balanço, e adeus pra sempre. Agora eu quero acertar os meus erros, o passo, o laço, entre mim e tudo à minha volta. Quero os meus amigos de volta, aqueles de sempre, aqueles que não me deixaram por um momento sequer e que não se importaram com a minha feiura e falta de estado de graça.
"Você exala feromônios" Disse uma grande amiga, e ela acertou, bem em cheio. Por que estou tão preocupada em ser admirada, querida, desejada? Por que é tão difícil me aceitar tal como sou? Com as palavras simples que tenho à oferecer. Eu quero mais, quero as mais belas palavras, as difíceis, aquelas que são únicas e insubstituíveis.
Aí vão alguns dos meus segredos, e pouca gente realmente sabe: Não me acho bonita, apenas suportavelmente interessante. Não me acho atraente, mas gosto muito quando alguém me faz sentir assim. Sou mais preocupada com as minhas palavras e fotos que com a minha aparência. Passo o dia todo de pijama, e vou trabalhar feito um mulambo, mas quando a noite cai, me trás algum tipo de inspiração pra algo que adoro, me arrumar. Sou completamente preocupada com o alheio gesto, gosto, rosto, e tudo mais. Gosto de ver as pessoas felizes (mais até que eu) mas às vezes peco na intimidade, e jogo meus anseios e angustias em cima de quem está mais perto.
Não sou o que pareço ser (nem de longe), algumas pessoas me acham super segura, super soberba, super vagabunda (ou vulgar), super errada, super problemática, super resolvida, super inteligente ou super esquisita. Tudo super porque acho que nessa vida acabei chamando mais atenção de gente hipócrita do que gostaria, e essas pessoas adoram julgar e rotular. Eu não me encaixo em rótulos ou estereótipos. Na verdade tem gente que jura de pés juntos que me conhece, e que eu sou a criatura mais doida que habita esta terra! E sabe de uma coisa? Eles é que estão certos! Mas a minha loucura é perdoável (ao menos pra mim) Enfim... Voltando a falar do que vim falar. (Não paro de me perder)
Essa música me fez pensar naqueles dias em que eu sentava na mesa simples da casa da vovó, e ela me falava com tanto carinho das coisas da vida, é como ter alguém que te diga "Senta, se acomoda, à vontade, tá em casa, toma um copo, dá um tempo que a tristeza vai passar. Deixa, prá amanhã tem muito tempo..."
Bem, era um alívio e a vida era tão mais fácil, de repente ficou difícil, e tem gente que quer crescer, eu só queria meu quintal de volta.
Hoje eu não vou sair, não vou beber não vou "exalar" os tais feromônios, e vou continuar sentada na frente deste computador até a hora que alguma força sobrenatural me tire daqui. Hoje eu não quero que ninguém me veja, não quero ter que fingir que sou bonita, não quero maquiagem, cabelo, perfume, aparatos e afins.
Se você estiver ai perdido, procurando uma conversa, um consolo, uma companhia "à distância" eu estou por aqui, pronta pra fazer um assunto render horas a fio! Vamos lá, meu nome é Corah - Catarina, maluca, retardada, triste e com frio. Vamos ser amigos?
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Frustrada
Minha frustração é tanta que não sei ainda por que alguém lê o que escrevo, na verdade acho que eu não leria, se fosse outra pessoa, leio apenas para ser conivente (não sei) SOLIDÁRIA (isso sim!) para comigo mesma.
Eu tinha tanta certeza do que queria, tanta convicção de quem queria ser e aonde deveria chegar, e agora o meu mapa e caminho simplesmente desapareceram.
Pra começar o amor: Ah, o amor! Que coisa mais linda (E é!) mas como machuca. Eu sei quem amo, sei a quem amar, sei por que amar, e sei todo um jeito correto de amar. Porém, o que esperar de mim mesma? "Enfiando os pés pelo coração" - como diria Artur da Távola - Fazendo sempre tudo como se quisesse afastar o que definitivamente já consegui com tanto esforço.
Depois do amor vem a profissão, a tão sonhada profissão: Mas "pombas", que profissão?! Eu mal consigo terminar o que começo a fazer, incluindo a escola. Como é que eu posso garantir que ao fazer o que sonho também só por isso eu farei até o fim? Será que é essa a vida que eu sonhei mesmo?! A brincadeira ficou séria demais, a falta de compromisso ficou extensa e extrema demais.
Agora falemos da família: Que família? Eu definitivamente não a escolhi! Não preciso de qualquer tipo de choro (ou vela) para dizer que fui pouco amada por quem eu mais gostava, ou então amada da maneira errada.
Bem, os amigos: Eu definitivamente os escolhi! E a grande maioria da maneira mais equivocada possível. De repente eu, que ao menos uma coisa tinha para me orgulhar - os grandes amigos que fiz - estava prestes a cair num abismo. É, grandes amigos, até a página três, mas já não existo para julgar ninguém, também não sei se fui a grande amiga que eles esperavam que eu fosse.
Em suma, eu não sei como fazer qualquer coisa de bom pra mim mesma, não é estranho? A gente passa a vida buscando felicidade e de repente no pior texto que eu podia imaginar eu estou falando de como eu mesma faço tudo para ser infeliz.
Caros leitores, se é que ainda existem, peço-lhes as mais sinceras desculpas, por que eu sempre dei o melhor de mim nos textos aqui, e hoje, apenas hoje, me dei o direito de chorar e não aprender, chorar e não escrever algo melhor. Perdoem...
domingo, 3 de abril de 2011
Ser feliz e o ser infeliz.
O Ser infeliz: Procura em tudo que o que é perfeito, um defeito.
Faz da vida um eterno caminhar acorrentado.
Não muda nada do que faz mal, ao contrário, cultiva.
Engana a própria sorte para ter azar.
O Ser infeliz é assim como eu sou, atormentado por natureza, obrigatóriamente e inevitavelmente triste. É assim todo errado, virado do avesso, magoado de tudo, perdido quase sempre, ainda que saiba ao certo aonde quer chegar. O Ser infeliz não aguenta com o peso de si mesmo sobre as costas e os pés, por isso tropeça em cada esquina. Cansa rápido e sente vontade de chorar incontrolável quase o tempo todo. Em suma, o Ser infeliz costuma morrer cedo, mas embora não pensem, ele vive muito intensamente, e com mais sensibilidade.
Todos os dias o Ser infeliz acorda com a mesma questão a lhe atormentar: "Como é ser feliz?". O Ser infeliz já viveu momentos felizes, é claro, como qualquer um, mas nunca experimentou uma felicidade plena e que durasse, com ele é tudo sempre muito momentâneo, é sempre muito pouco.
Ele idealiza o Ser feliz, e pensa como deve ser bom ter todos os dias aquela sensação de esperança que faz até o coração saltar, que ele sente às vezes, sem razão, mas dura apenas uns segundos.
Será que ser feliz é tão feliz assim? Quando alguém te responde que é feliz, é por que é feliz a maior parte do tempo. Do mesmo modo o infeliz, só que ao contrário. Eu fico aqui, parada, presa em meus devaneios loucos, pesando em como deve ser bom ser feliz mais que apenas "às vezes".
Ser feliz não pode doer, deve ser bonito, cheio de céus azuis, de oceanos intermináveis, de praças floridas e ruas claras. Ser feliz pode ser um jeito de encontrar, finalmente a vida, como uma coisa boa, como uma prova positiva e não definitiva.
Ser feliz deve ser ter um amor fundo, intenso, imenso, eterno, e tudo o que tem de bom a vir junto. Deve ser a coisa mais linda de se sentir parte de tudo o que nos cerca, se deixar molhar por uma chuva gostosa de verão e esquecer dos relógios que nos oprimem demais.
O Ser infeliz para e se perde nos sorrisos alheios, pra se encontrar, repara nos olhares e se emociona em cada um, o ser infeliz não é grosso, insensível ou cruel, é só alguém não descobriu ainda o seu modo de ser feliz e realizado, ele ainda não enlouqueceu o suficiente!
Faz da vida um eterno caminhar acorrentado.
Não muda nada do que faz mal, ao contrário, cultiva.
Engana a própria sorte para ter azar.
O Ser infeliz é assim como eu sou, atormentado por natureza, obrigatóriamente e inevitavelmente triste. É assim todo errado, virado do avesso, magoado de tudo, perdido quase sempre, ainda que saiba ao certo aonde quer chegar. O Ser infeliz não aguenta com o peso de si mesmo sobre as costas e os pés, por isso tropeça em cada esquina. Cansa rápido e sente vontade de chorar incontrolável quase o tempo todo. Em suma, o Ser infeliz costuma morrer cedo, mas embora não pensem, ele vive muito intensamente, e com mais sensibilidade.
Todos os dias o Ser infeliz acorda com a mesma questão a lhe atormentar: "Como é ser feliz?". O Ser infeliz já viveu momentos felizes, é claro, como qualquer um, mas nunca experimentou uma felicidade plena e que durasse, com ele é tudo sempre muito momentâneo, é sempre muito pouco.
Ele idealiza o Ser feliz, e pensa como deve ser bom ter todos os dias aquela sensação de esperança que faz até o coração saltar, que ele sente às vezes, sem razão, mas dura apenas uns segundos.
Será que ser feliz é tão feliz assim? Quando alguém te responde que é feliz, é por que é feliz a maior parte do tempo. Do mesmo modo o infeliz, só que ao contrário. Eu fico aqui, parada, presa em meus devaneios loucos, pesando em como deve ser bom ser feliz mais que apenas "às vezes".
Ser feliz não pode doer, deve ser bonito, cheio de céus azuis, de oceanos intermináveis, de praças floridas e ruas claras. Ser feliz pode ser um jeito de encontrar, finalmente a vida, como uma coisa boa, como uma prova positiva e não definitiva.
Ser feliz deve ser ter um amor fundo, intenso, imenso, eterno, e tudo o que tem de bom a vir junto. Deve ser a coisa mais linda de se sentir parte de tudo o que nos cerca, se deixar molhar por uma chuva gostosa de verão e esquecer dos relógios que nos oprimem demais.
O Ser infeliz para e se perde nos sorrisos alheios, pra se encontrar, repara nos olhares e se emociona em cada um, o ser infeliz não é grosso, insensível ou cruel, é só alguém não descobriu ainda o seu modo de ser feliz e realizado, ele ainda não enlouqueceu o suficiente!
terça-feira, 29 de março de 2011
Tire tudo da cabeça
Voltaste de novo a mim, vazio? Eu te vi de novo por aqui, e eu procurei me perder, procurei por mim, rasguei todo o medo, maldito, frio, e nada. Agora sento-me aqui, olho fixamente para esta tela e procuro as palavras certas para dizer do meu fim, este fim horrível, que nada de bom existe, nem sobrou o amor. Eu já não peço perdão, já não busco caminho, nem quero concertar nada quebrado... tudo quebrado. Meu coração pede o pranto e meus olhos não permitem, eu tento, agora sei que o choro alivia sim.
Tudo mudou, engraçado como a roda gira e a coisa toda se transforma, engraçado como de repente a nossa vida deu um salto em direção ao abismo, e eu já não sei mais me salvar, ainda assim, eu queria poder salvá-lo.
Nós acreditávamos no amor, acreditávamos em nosso amor, a cima de tudo. Eu até poderia dizer (e sinto) que não fiz absolutamente nada por vontade, me fiz cega, ainda consciente, mas cega, medrosa. Sei que me faltou coragem de apostar, sei que fui vítima de mim mesma e de toda a tentação que sofri. Sei que me deixei levar pra longe, e entendo que agora a distância seja demais. A quem poderei culpar? Por que é tão difícil poder confessar minha própria culpa?!
Eu tenho ódio desta covardia que me impede de dar um fim neste inferno, eu sinto pena de mim mesma, iludida por remédios, tentando esquecer. Eu quero sair daqui, já não quero voltar, não posso voltar, sinto meu corpo sair de mim, sinto a solidão me tomar inteira, vejo que o fim está tão próximo, e ainda assim não tenho coragem de ir, maldita esperança que resta... Ou melhor, resta? Então tire isso de mim também, vida!
- Para o meu eterno amor dedico a vida que se esvai, junto ao meu pedido de perdão, calado, porém constante.
Tudo mudou, engraçado como a roda gira e a coisa toda se transforma, engraçado como de repente a nossa vida deu um salto em direção ao abismo, e eu já não sei mais me salvar, ainda assim, eu queria poder salvá-lo.
Nós acreditávamos no amor, acreditávamos em nosso amor, a cima de tudo. Eu até poderia dizer (e sinto) que não fiz absolutamente nada por vontade, me fiz cega, ainda consciente, mas cega, medrosa. Sei que me faltou coragem de apostar, sei que fui vítima de mim mesma e de toda a tentação que sofri. Sei que me deixei levar pra longe, e entendo que agora a distância seja demais. A quem poderei culpar? Por que é tão difícil poder confessar minha própria culpa?!
Eu tenho ódio desta covardia que me impede de dar um fim neste inferno, eu sinto pena de mim mesma, iludida por remédios, tentando esquecer. Eu quero sair daqui, já não quero voltar, não posso voltar, sinto meu corpo sair de mim, sinto a solidão me tomar inteira, vejo que o fim está tão próximo, e ainda assim não tenho coragem de ir, maldita esperança que resta... Ou melhor, resta? Então tire isso de mim também, vida!
- Para o meu eterno amor dedico a vida que se esvai, junto ao meu pedido de perdão, calado, porém constante.
terça-feira, 22 de março de 2011
Sabe lá
Não sei bem o que dizer, vim aqui com uma idéia pronta sobre tudo, e a perdi... Hoje no trabalho pensei em escrever sobre algo que não fosse tão pessoal, algo interessante de alguém ler, mas no fim das contas é aqui que eu desabafo, e talvez, finalmente, quando meu mundo se organizar eu possa escrever sobre algo realmente importante.
Não sei agora, o que houve, só sei que de repente me deu um vazio danado, como eu explico tudo isso? É tão complicado de entender, eu me sinto tão só, tão pobre de sentimentos, eu me sinto tão completamente estranha num mundo que não é meu. Sinto a saudade apertar meu peito toda vez que me lembro de um abraço que quis ser abraçado. Sinto falta dos meus amigos, e eu os vi há tão pouco. Eu queria que alguém me segurasse pela mão e mostrasse o caminho, por que está um inferno aqui e eu não tenho mais forças para sair. Será que alguém pode meu ouvir?
...
Esta noite eu vou dormir sozinha, "e é só mais uma" - eu penso. Mas não é. Talvez eu tenha escolhido a solidão, talvez eu esteja jogando fora a unica coisa certa que tinha, e que me fazia viva e feliz. Mais uma vez a estranha, com seus livros, suas músicas, seu mundo, onde ninguém vai entrar. Deus, o que eu não daria para que alguém me visse aqui. O disfarce de garota segura vinte e quatro horas por dia também me cansa, eu só quero poder ser vulnerável também, sem me preocupar com o que vai acontecer quando eu baixar a guarda. A verdade é que talvez eu tenha medo de permitir que me julguem, ou medo de ouvir o que dizem.
Mas agora eu só queria ouvir uma voz, qualquer palavra amiga, qualquer gesto que me mostre que eu também sou importante, sem jogos, sem brincadeiras ou mentiras, apenas com uma vontade verdadeira dessas que se sente ao passar horas a fio conversando com alguém. Eu preciso deste alguém. Uma vez mais....
Não sei agora, o que houve, só sei que de repente me deu um vazio danado, como eu explico tudo isso? É tão complicado de entender, eu me sinto tão só, tão pobre de sentimentos, eu me sinto tão completamente estranha num mundo que não é meu. Sinto a saudade apertar meu peito toda vez que me lembro de um abraço que quis ser abraçado. Sinto falta dos meus amigos, e eu os vi há tão pouco. Eu queria que alguém me segurasse pela mão e mostrasse o caminho, por que está um inferno aqui e eu não tenho mais forças para sair. Será que alguém pode meu ouvir?
...
Esta noite eu vou dormir sozinha, "e é só mais uma" - eu penso. Mas não é. Talvez eu tenha escolhido a solidão, talvez eu esteja jogando fora a unica coisa certa que tinha, e que me fazia viva e feliz. Mais uma vez a estranha, com seus livros, suas músicas, seu mundo, onde ninguém vai entrar. Deus, o que eu não daria para que alguém me visse aqui. O disfarce de garota segura vinte e quatro horas por dia também me cansa, eu só quero poder ser vulnerável também, sem me preocupar com o que vai acontecer quando eu baixar a guarda. A verdade é que talvez eu tenha medo de permitir que me julguem, ou medo de ouvir o que dizem.
Mas agora eu só queria ouvir uma voz, qualquer palavra amiga, qualquer gesto que me mostre que eu também sou importante, sem jogos, sem brincadeiras ou mentiras, apenas com uma vontade verdadeira dessas que se sente ao passar horas a fio conversando com alguém. Eu preciso deste alguém. Uma vez mais....
quinta-feira, 17 de março de 2011
Estradas
Sabe quando se quer demais uma coisa, que fica até difícil lutar por ela? Pois é. Eu sempre tenho que começar com uma pergunta, que é pra ver se alguém me responde ou entende.
Hoje eu percebi que tudo o que eu quero e preciso está bem em frente, a questão é: Como fazer para dar o próximo passo? Eu já não sei ir a diante.
São tantas estradas, tantos caminhos, tantos labirintos, como eu sempre costumo dizer. E andava muito difícil ter de fazer uma escolha. São tantas opções que rodam em volta, que eu paro, penso, esqueço, e me lembro finalmente do lugar onde quero chegar. Aí penso de novo, por não encontrar a certeza de que preciso. Mas hoje, tonta, em devaneios loucos, eu entendi que nada mais pode ser um risco do que não viver, mas se vivo, hoje, da maneira como quero, desenfreada e insana, também não digo que é das formas, a melhor.
Eu continuo parada, aqui, em frente a duas estradas opostas e arriscadas, numa delas eu posso ver bem claro ao fundo uma paz imensa, o branco das nuvens e das calçadas, como se ali eu pudesse encontrar toda coisa boa que talvez eu mereça. Já o oposto é a outra estrada, um pouco fria no início, aparentemente vazia de companhia e de afeto, mas ao fundo pode-se ver uma felicidade livre, nem boa nem ruim, apenas fácil de se acostumar.
Eu ando mergulhando em meu próprio medo, esse medo tão maior que eu, de ser abandonada, de ficar sozinha sem opção, não poder escolher e sim ser escolhida pra seguir um caminho que pode nem ser o meu. O meu medo corre por dentro de mim e me toma inteira sem me deixar dar os próximos passos, assim eu fico, esperando o dia da libertação, o dia em que vou poder respirar em paz...
Ouço uma voz ao longe, e essa voz me diz sempre a coisa errada, tentando acertar. Aí toda a certeza que eu acumulei durante o dia esperando pra falar-lhe quando a noite cai se dissipa, como a vontade que tenho de permanecer neste lugar.
Deus, são duas, três, milhares de estradas e caminhos opostos que se fundem, e eu não sei aonde ir. Quando grito não sei quão longe chega a minha voz, quando choro não sei quem pode ouvir, e quando eu amo, ah, quando eu amo eu sei a quem, mas ninguém entende, nem o amor.
terça-feira, 8 de março de 2011
Solitário...
Alguém imaginou que algum dia eu ia escrever sobre carnaval? Na verdade até já devo ter escrito, não me lembro.
Meu carnaval foi um constante erro. Pra começar por ter vindo pra um lugar na marra e sem vontade. Depois por ter me fartado tanto e com tanto vigor do álcool grátis. Então cheguei no extremo dos extremos, ande eu não me permito chegar, a ponto de sentir raiva de mim. Nesse momento eu sinto saudade de tudo o que é meu, da dignidade que eu esqueci em casa, dos meus amores, amigos, livros, até do meu trabalho!
O frio está cortante, é uma noite estranha, que me congela e me fere, eu fico num estado de transe sem saber por que, não sei como sair daqui, não sei. É uma sensação de impotência enorme diante do silêncio deste lugar, eu quero gritar, gritar qualquer coisa, qualquer. Quero gritar todo ódio que eu tenho guardado, todo sentimento de repulsa que me toma, e qualquer coisa boa agora seria lucro.
Minhas mãos tremem, tudo dói, é como se hoje fosse o ultimo dos dias, o pior, o que dói. Essa noite só não está mais fria que o meu coração.
...
Eu procuro por todos os lados uma simples resposta, qualquer coisa que explique esse estado, qualquer coisa que me responda o momento exato em que deixei toda felicidade que ele me trouxe me destruir. Como é que pode felicidade destruir alguém? Só uma criatura insana como eu mesmo.
Mais um dia, e mais uma noite regada a tropeços complexos, o que eu posso dizer? Todas as manhãs quando acordo sinto aquela sensação de arrependimento geral, mas hoje mais que nunca.Estou ainda numa ressaca estranha. Ressaca de álcool, de loucura desenfreada e de saudade de tudo o que tem a ver comigo.
Mas sobretudo sinto uma falta imensa das minhas bebedeiras acompanhadas, pois aqui é muito solitário.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Viva
Chovia muito, daquelas chuvas finas porém constantes. Dessas que você precisa se deixar molhar uma vez na vida, pra entender o por que de estar aqui e aguentar viver. Por ela eu me molhei até a alma, e eu via os carros passarem e pensava "livre sou eu, que estou aqui molhada". Eu já me via morta a tanto tempo, apesar de me enganar, que ontem a noite eu quase tive coragem de desaparecer, ir pra tão longe que nunca mais ninguém que me faz mal me encontraria. Eu mergulhei meu coração num anestésico tão forte que nem sentia ele bater. E foi tão bom, tão pleno, tão bonito. Pena que durou pouco e logo voltei pra casa, num ataque de euforia, cantei e gritei o que mais tinha vontade, pra me lembrar que a voz é um sinal de vida.
Hoje eu quero que tudo vá pro inferno, quero esquecer de tudo o que me prende, de tudo o que me esmaga e me fere. Eu quero ser envolvida pela mesma loucura doce que há tanto me falta. E quero me lembrar de dizer que estou viva, e me sentir feliz. E que se danem todas as regras chatas que eu mesma me empunha pra guardar o amor. Que se dane tudo o que eu acreditei ser o amor. Ontem, a chuva me fez amar a mim mesma, e esse sentimento não se compara a mais nada de bom que já tenha acontecido.
Eu sentia uma vontade de chorar tão incrível, como a vontade de jogar pra fora de mim tudo o que me fez mal. Eu acho que me cansei de tentar um equilíbrio que a mim nunca coube, e que nunca foi meu, ora, qualquer um que me conhece sabe que eu sou desequilibrada por natureza, e num sentido bom da palavra.
Eu estava toda molhada, com um frio danado, e mais feliz do que nunca, não havia nada de ruim no que eu estava fazendo, nada de errado, não na minha cabeça. E nem uma pedra no chão estava ali por acaso, cada gota da chuva que caiu estava certa, no momento certo, pra me cobrir.
E enquanto eu corria, sentia meus pés se encherem d'água, e ouvia meus passos na chuva, como sinos a me aplaudir, aplaudir a minha insana felicidade repentina!
Hoje eu não sou triste e nem feliz, e o único equilíbrio do qual preciso é o de saber a hora certa pra cada coisa, e fazer o que tem que ser feito, é apenas um jeito de ver a vida, o meu jeito, e tudo o que vem a seguir é consequência do temperamento insano de quem lhes escreve.
Ah... E bom dia, mais uma vez!
Hoje eu quero que tudo vá pro inferno, quero esquecer de tudo o que me prende, de tudo o que me esmaga e me fere. Eu quero ser envolvida pela mesma loucura doce que há tanto me falta. E quero me lembrar de dizer que estou viva, e me sentir feliz. E que se danem todas as regras chatas que eu mesma me empunha pra guardar o amor. Que se dane tudo o que eu acreditei ser o amor. Ontem, a chuva me fez amar a mim mesma, e esse sentimento não se compara a mais nada de bom que já tenha acontecido.
Eu sentia uma vontade de chorar tão incrível, como a vontade de jogar pra fora de mim tudo o que me fez mal. Eu acho que me cansei de tentar um equilíbrio que a mim nunca coube, e que nunca foi meu, ora, qualquer um que me conhece sabe que eu sou desequilibrada por natureza, e num sentido bom da palavra.
Eu estava toda molhada, com um frio danado, e mais feliz do que nunca, não havia nada de ruim no que eu estava fazendo, nada de errado, não na minha cabeça. E nem uma pedra no chão estava ali por acaso, cada gota da chuva que caiu estava certa, no momento certo, pra me cobrir.
E enquanto eu corria, sentia meus pés se encherem d'água, e ouvia meus passos na chuva, como sinos a me aplaudir, aplaudir a minha insana felicidade repentina!
Hoje eu não sou triste e nem feliz, e o único equilíbrio do qual preciso é o de saber a hora certa pra cada coisa, e fazer o que tem que ser feito, é apenas um jeito de ver a vida, o meu jeito, e tudo o que vem a seguir é consequência do temperamento insano de quem lhes escreve.
Ah... E bom dia, mais uma vez!
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Hoje acordei feliz.
"Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre
Mas sempre não é todo dia"
Segundo as palavras do meu querido Oswaldo Montenegro. E digamos que era mais ou menos assim que eu me sentia, e tentei mostrar de todas as maneiras possíveis, de repente, sem querer, ele olhou pra mim e entendeu, sem sequer explicação, me fez sentir bem de novo.
Eu só pedi que me mostrasse que existe alguém capaz de me amar e de fazer qualquer coisa por mim, e ele, tão doce, tão sóbrio, deixou de lado toda a sua natureza responsável, de tudo numa hora certa, e na hora errada fez a coisa mais certa que poderia ser feita. E já não cabiam mais lágrimas a serem choradas, ou mais vontade de amar demais. Então, como num estouro de entendimento, ou coragem, falamos a mesma língua e tudo voltou a ser como antes. Não posso dizer por quanto tempo, ou até quando seremos assim, tudo o que eu sei é que todos os dias eu me vejo viva, por que estou com ele, e me sei amada, por um ser capaz de amar fundo, fiel e constantemente, por um ser que talvez não possa ser qualquer coisa, mas que pode fazer qualquer coisa por quem se ama, e esse é ele, o meu amor, a minha vida e razão de ser, e se ele não estivesse aqui, ah, com certeza essa não seria eu!
Amo você, Gênio!
Mais só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre
Mas sempre não é todo dia"
Segundo as palavras do meu querido Oswaldo Montenegro. E digamos que era mais ou menos assim que eu me sentia, e tentei mostrar de todas as maneiras possíveis, de repente, sem querer, ele olhou pra mim e entendeu, sem sequer explicação, me fez sentir bem de novo.
Eu só pedi que me mostrasse que existe alguém capaz de me amar e de fazer qualquer coisa por mim, e ele, tão doce, tão sóbrio, deixou de lado toda a sua natureza responsável, de tudo numa hora certa, e na hora errada fez a coisa mais certa que poderia ser feita. E já não cabiam mais lágrimas a serem choradas, ou mais vontade de amar demais. Então, como num estouro de entendimento, ou coragem, falamos a mesma língua e tudo voltou a ser como antes. Não posso dizer por quanto tempo, ou até quando seremos assim, tudo o que eu sei é que todos os dias eu me vejo viva, por que estou com ele, e me sei amada, por um ser capaz de amar fundo, fiel e constantemente, por um ser que talvez não possa ser qualquer coisa, mas que pode fazer qualquer coisa por quem se ama, e esse é ele, o meu amor, a minha vida e razão de ser, e se ele não estivesse aqui, ah, com certeza essa não seria eu!
Amo você, Gênio!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
-Eu sei que um dia vamos nos reencontrar, e reencontrar as ruas por onde passamos juntos, as músicas que ouvíamos, pra nos dar conta dos erros que cometemos e do tempo que perdemos.
Escrevi isso à dois amigos uns tempos atrás, mas acho que neste momento essas palavras se encaixam melhor nos sentimentos. De uns meses pra cá eu já nem sei quantos amigos e quantas histórias deixei para trás. Não sei se foi correto, não sei nem ao menos se vale esta saudade, mas de fato, perdi a conta de quantas pessoas já nem se lembram de mim.
Uma noite dessas um "velho amigo" se lembrou de mim, e não é desses que eu deixei ir, é daqueles que podem ficar anos sem aparecer, mas sempre que aparecem a gente vê como todo sentimento continua intacto, e esses, de fato são os melhores. Seria engraçado se eu dissesse que nunca o vi pessoalmente? Que nunca o abracei como gosto tanto de fazer? Seria estranho se eu dissesse que todo sentimento que venho nutrindo por ele é maior e melhor do que por alguém que já tenha olhado nos olhos? Pois é assim que eu sinto, por que mesmo ao longe, encoberto, distante, eu consigo vê-lo perto de mim.
Às vezes quem está mais longe acaba estando muito mais perto, é só a gente saber olhar.
Para "Feus"
Escrevi isso à dois amigos uns tempos atrás, mas acho que neste momento essas palavras se encaixam melhor nos sentimentos. De uns meses pra cá eu já nem sei quantos amigos e quantas histórias deixei para trás. Não sei se foi correto, não sei nem ao menos se vale esta saudade, mas de fato, perdi a conta de quantas pessoas já nem se lembram de mim.
Uma noite dessas um "velho amigo" se lembrou de mim, e não é desses que eu deixei ir, é daqueles que podem ficar anos sem aparecer, mas sempre que aparecem a gente vê como todo sentimento continua intacto, e esses, de fato são os melhores. Seria engraçado se eu dissesse que nunca o vi pessoalmente? Que nunca o abracei como gosto tanto de fazer? Seria estranho se eu dissesse que todo sentimento que venho nutrindo por ele é maior e melhor do que por alguém que já tenha olhado nos olhos? Pois é assim que eu sinto, por que mesmo ao longe, encoberto, distante, eu consigo vê-lo perto de mim.
Às vezes quem está mais longe acaba estando muito mais perto, é só a gente saber olhar.
Para "Feus"
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Não mais a salvo... Não mais feliz
Chega uma época do ano, normalmente esta, em que que tudo começa a dar errado. É preciso um equilíbrio, dizem, é preciso que as dificuldades nos testem todos os dias, e principalmente ao final de qualquer ciclo, para que o próximo comece em paz.
Para mim é só o meu inferno astral vindo me chamar para brincar. É só esse meu jeito estranho de sentir todas as coisas, talvez um medo, embutido em minhas máscaras, de ter de seguir em frente.
Eu tenho dormido muito pouco, embora tente sonhar muito, e durante o dia parece que minha cabeça pesa enquanto tento me prender a tudo o que pode me deixar mais leve.
É como se todas as coisas olhassem para mim e rissem, constantes, fervorosos, riem do sentimento que parecem saber que carrego. A televisão, o computador, as portas e até o meu travesseiro, todos rindo do que está me matando. E assim tem sido, não apenas as coisas, mas as pessoas, não pensem que essas são diferentes, pelo contrario, as pessoas são ainda mais cruéis que as coisas. Sempre são.
Para mim é só o meu inferno astral vindo me chamar para brincar. É só esse meu jeito estranho de sentir todas as coisas, talvez um medo, embutido em minhas máscaras, de ter de seguir em frente.
Eu tenho dormido muito pouco, embora tente sonhar muito, e durante o dia parece que minha cabeça pesa enquanto tento me prender a tudo o que pode me deixar mais leve.
É como se todas as coisas olhassem para mim e rissem, constantes, fervorosos, riem do sentimento que parecem saber que carrego. A televisão, o computador, as portas e até o meu travesseiro, todos rindo do que está me matando. E assim tem sido, não apenas as coisas, mas as pessoas, não pensem que essas são diferentes, pelo contrario, as pessoas são ainda mais cruéis que as coisas. Sempre são.
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